ESCOLA ESTADUAL CELINA PINHO *PROJETOS DA ESCOLA*
Projeto: ” Curta! Cinema na Escola”
ESCOLA ESTADUAL CELINA PINHO – CÓDIGO 1538Ato de Criação: 24023 - D. O. 30.03.74
Projeto: ” Curta! Cinema na Escola”
Temática: Poesia
Título geral: “O poeta é a pimenta do planeta!”
Disciplinas:
Artes e Língua Portuguesa
Profª Raivane de Oliveira Sales
Objetivo Geral:
Despertar no aluno o interesse pela poesia, através da linguagem cinematográfica, exercitando a expressão oral.
Objetivo específico:
Apresentar ao aluno, em cada unidade, um poeta baiano de destaque na literatura brasileira, ressaltando sua importância e influência em nossa sociedade, perpassando pelo ‘Barroco’ até o ‘Pós-modernismo’.
Justificativa:
Visto que a poesia é um gênero literário muito desprezado, na sociedade em que vivemos, este projeto visa resgatar sua importância, inclusive como uma poderosa arma para denunciar as mazelas sociais e questionar o homem e sua relação com o mundo, demonstrando que a mesma vai muito além do puro romantismo.
Em cada unidade será escolhido um poeta baiano, de suma importância no quadro social de nosso país, a fim de desenvolver uma pequena cena a partir de poemas de sua autoria. As leituras e discussões em sala de aula farão com que os alunos entrem em contato com o vocabulário do século XIX e as mudanças que a língua portuguesa sofreu até o período atual.
As cenas serão filmadas e editadas em forma de vídeo que serão apresentados no final da cada unidade.
O projeto visa também ressaltar a Bahia como fonte infinita de poesia, com artistas geniais e com uma capital que já é um poema, em sua belíssima história e geografia.
Poetas selecionados:
Primeira unidade: Castro Alves
Segunda unidade: Gregório de Matos
Terceira unidade: Jorge Amado
Quarta unidade: Caetano Veloso
Recursos:
Livros de poesia dos referidos poetas
Filmes e CDS sobre os poetas ou suas obras
Filmadora / Filme
Verba para a edição da filmagem
Computador
Máquina Fotográfica
Figurinos
Cenários
Transporte escolar
Merenda escolar e água
Avaliação:
Produção de textos, dramatização, saraus, ensaios e a produção do vídeo pela turma.
Iª Unidade ( CASTRO ALVES )
A LENDA DE CASTRO ALVES
Cordel criado pela turma 6ª V 1-Profª Raivane Sales (IªUnidade)(Lenda sobre Castro Alves)
Há quem não acredite em lenda
Mas eu vou contar em forma de poema
A história de um poeta
Que tinha uma língua muito esperta
Era um homem de bom coração
Que lutava contra a escravidão
Sua revolução era sua poética
Que tentavam cala sem nenhuma ética
Reunia o povo numa praça de Salvador
Rasgava seu peito cheio de amor e dor
Até que um dia para vossa surpresa
Algo gerou uma grande tristeza
Quando falava com entusiasmo
Coisa ruim aconteceu
Veio um raio lá de cima
Bateu na sua cabeça e ele morreu!
O povo deu sua vida
Numa cena nunca visa
Caiu um raio muito retado
Que lhe deixou paralisado!
Data prevista da filmagem: 28/04/2010( 4ª feira)Turno: Vespertino (das 14 às 17hs.30min.)
Local: Praça Castro Alves
Obs:Solicitar autorização dos pais dos alunos envolvidos no projeto, para a filmagem no local referido.
Solicitar colaboração à escola para a condução dos alunos ao local da filmagem.
Relação de alunos da 6ª Série, turma V1, que participarão da filmagem:
1-Francielle Almeida
2-Andreza Oliveira
3-Israel Joaquim Jr.
4-Talita Conceição
5- Elisabete Moreira
6- Elisabete Souza
7-Felipe Barbosa
8-Thiago Macêdo
9-Ronie Conceição
10- Alexsandro Lima
11- Pérola Pereira
12-Enoque Reis Tavares
13-Lilian Nascimento
14-Silas Jesus de Santana
15- Isaque Cruz dos Santos
IIª UNIDADE ( GREGÓRIO DE MATTOS )
DAS BOCAS DO INFERNO DESSA NAÇÃO!
(Texto produzido a partir das leituras e discussões sobre a poesia de Gregório de Mattos.)
Personagem
1:-Verdade!!!
Coro 1:-Aquilo que arde, arde, arde!!!
Personagem
2:-Alarde!!!!
Gregório era esse ‘Estado’ anárquico, subversivo
Coro 2:-Maldito!!
Maldito!!
Personagem
3:-Era o maldito bem dito!!
Gregório:“ O cura, a quem toca a cura
De curar esta cidade
Cheia a tem de enfermidades...”
Mulata :- Era um homem muito do danado
Quando deixava seus passos no Paço
Deixava também seu olhar safado
Várias mulatas:-Subia por debaixo da nossa saia
Que ,vixe, Maria, dava um calor dos diabos!
Gregório :“Crioula minha vida
Supupema da minha alma
Bonita como umas flores
E alegre como umas páscoas!
Não sei que feitiço é este
Que tem na tua linda cara
A gracinha com que falas
Tem-me tão enfeitiçado
Que a bom partido tomaraCurar-me por tuas mãos
Sendo tu a que me matas”(* cenas circulando pelo Pelourinho)Personagem 4:
No meio do sagrado
Gregório era o profano!
E o verbo que se faz carne
Em sua boca era o inferno humano revelado!
E o vinho?
Hahahahaaa!!
Bebia o sangue de Cristo todos dias
Em cálices de poesia
Bradando as injustiças sociais
Zombava da hipocrisia
Dos que em nome de Deus
Enriquecia cada vez mais
Enquanto o povo coitado
Sofria calado com medo
Das bestas que comandavam o cenário!!!!( *na Cruz Caída , no Pêlo):Gregório:
“É ministro de império, mero e misto
Tão Pilatos no corpo e nas entranhas
Que solta um Barrabás e prende um Cristo!”
Personagem 5:
Dos rostos, dos restos, dos corpos, dos copos, dos remelexos
Da cadência desse povo tão brasileiro
Das ladeiras, cruzeiros, baías, becos e bares
Satirizava a realidadeGragalhava no lugar de lágrimas
Provocava a insanidade!
Personagem 6:
Fazia de sua língua um tridente
Era o diabo em forma de gente
Para incendiar o coreto
Do ministério dos burgueses fraudulentos!
Coro 1:-Fedorentos?
Coro 2 :-A burguesia fede!!!!!
Gregório :“Que me há de suceder nestas Montanhas
Com um Ministro em leis tão pouco visto
Com previsto em trampas e maranhas?
”*Trampas=árdil,trama.*Maranhas=esperteza, astúcia
Personagem 7:
E daqui da Fundação de Gregório
Temos o mesmo mar e a mesma praça que é do povo
Um povo um pouco mudado
Mas ainda muito maltratado
Por governantes mais corruptos que antes!
Que criam até leis pra cornos, imagine!E
não olham o próprio rabo!( *Cena nas escadarias da Fundação Gregório de Mattos)
Coro 1:-Alguma coisa está fora da ordem!
Coro 2:-Gregóriooooooooooooooo!!!!
Personagem 8:- Partas as correntes da alienação
Dai-nos hoje a tua língua como a mais perfeita oração!
E seremos o farol das bocas do inferno dessa nação!
Para aliviar a barra, só o farol de suas palavras ácidas!( *Cena no Farol da Barra)
Data prevista da filmagem: 21 de julho (4ª feira) -turno vespertino- 13hs30min às 17hs.Local: Pelourinho/Fundação Gregório de Mattos/ Farol da Barra.
Recursos necessários:
Figurino: Três roupas de ‘Bobo da corte’
Filmes e CDS sobre os poetas e/ou suas obrasFilme/
Filmadora
Verba para a edição da filmagem.
Transporte escolar a fim de deslocar a turma para os três locais referidos, onde será feita a filmagem do curta
Merenda escolar e água
IIIª UNIDADE ( JORGE AMADO )ANARQUISTAS GRAÇAS A ELES!
(Texto em construção, baseado na vida e obra de Jorge Amado)
Data prevista para a filmagem:Final de Setembro de 2010 – turno vespertino-13hs30min às 17hs.
Local: Fundação Casa de Jorge Amado/ Pelourinho/ Rio Vermelho.
IVª UNIDADE ( CAETANO VELOSO )
CAETANE_ANDO, É SÓ UM JEITO DE CORPO...
(Texto a construir, baseado na vida e obra de Caetano Veloso)
Data prevista para a filmagem:
Final de Novembro de 2010Local: Santo Amaro da Purificação // Teatro Dona Cano
Horário: Das 8hs às 17hs.
Projeto: ” Curta! Cinema na Escola”
Temática: Poesia
Título geral: “O poeta é a pimenta do planeta!”
Disciplinas:
Artes e Língua Portuguesa
Profª Raivane de Oliveira Sales
Objetivo Geral:
Despertar no aluno o interesse pela poesia, através da linguagem cinematográfica, exercitando a expressão oral.
Objetivo específico:
Apresentar ao aluno, em cada unidade, um poeta baiano de destaque na literatura brasileira, ressaltando sua importância e influência em nossa sociedade, perpassando pelo ‘Barroco’ até o ‘Pós-modernismo’.
Justificativa:
Visto que a poesia é um gênero literário muito desprezado, na sociedade em que vivemos, este projeto visa resgatar sua importância, inclusive como uma poderosa arma para denunciar as mazelas sociais e questionar o homem e sua relação com o mundo, demonstrando que a mesma vai muito além do puro romantismo.
Em cada unidade será escolhido um poeta baiano, de suma importância no quadro social de nosso país, a fim de desenvolver uma pequena cena a partir de poemas de sua autoria. As leituras e discussões em sala de aula farão com que os alunos entrem em contato com o vocabulário do século XIX e as mudanças que a língua portuguesa sofreu até o período atual.
As cenas serão filmadas e editadas em forma de vídeo que serão apresentados no final da cada unidade.
O projeto visa também ressaltar a Bahia como fonte infinita de poesia, com artistas geniais e com uma capital que já é um poema, em sua belíssima história e geografia.
Poetas selecionados:
Primeira unidade: Castro Alves
Segunda unidade: Gregório de Matos
Terceira unidade: Jorge Amado
Quarta unidade: Caetano Veloso
Recursos:
Livros de poesia dos referidos poetas
Filmes e CDS sobre os poetas ou suas obras
Filmadora / Filme
Verba para a edição da filmagem
Computador
Máquina Fotográfica
Figurinos
Cenários
Transporte escolar
Merenda escolar e água
Avaliação:
Produção de textos, dramatização, saraus, ensaios e a produção do vídeo pela turma.
Iª Unidade ( CASTRO ALVES )
A LENDA DE CASTRO ALVES
Cordel criado pela turma 6ª V 1-Profª Raivane Sales (IªUnidade)(Lenda sobre Castro Alves)
Há quem não acredite em lenda
Mas eu vou contar em forma de poema
A história de um poeta
Que tinha uma língua muito esperta
Era um homem de bom coração
Que lutava contra a escravidão
Sua revolução era sua poética
Que tentavam cala sem nenhuma ética
Reunia o povo numa praça de Salvador
Rasgava seu peito cheio de amor e dor
Até que um dia para vossa surpresa
Algo gerou uma grande tristeza
Quando falava com entusiasmo
Coisa ruim aconteceu
Veio um raio lá de cima
Bateu na sua cabeça e ele morreu!
O povo deu sua vida
Numa cena nunca visa
Caiu um raio muito retado
Que lhe deixou paralisado!
Data prevista da filmagem: 28/04/2010( 4ª feira)Turno: Vespertino (das 14 às 17hs.30min.)
Local: Praça Castro Alves
Obs:Solicitar autorização dos pais dos alunos envolvidos no projeto, para a filmagem no local referido.
Solicitar colaboração à escola para a condução dos alunos ao local da filmagem.
Relação de alunos da 6ª Série, turma V1, que participarão da filmagem:
1-Francielle Almeida
2-Andreza Oliveira
3-Israel Joaquim Jr.
4-Talita Conceição
5- Elisabete Moreira
6- Elisabete Souza
7-Felipe Barbosa
8-Thiago Macêdo
9-Ronie Conceição
10- Alexsandro Lima
11- Pérola Pereira
12-Enoque Reis Tavares
13-Lilian Nascimento
14-Silas Jesus de Santana
15- Isaque Cruz dos Santos
IIª UNIDADE ( GREGÓRIO DE MATTOS )
DAS BOCAS DO INFERNO DESSA NAÇÃO!
(Texto produzido a partir das leituras e discussões sobre a poesia de Gregório de Mattos.)
Personagem
1:-Verdade!!!
Coro 1:-Aquilo que arde, arde, arde!!!
Personagem
2:-Alarde!!!!
Gregório era esse ‘Estado’ anárquico, subversivo
Coro 2:-Maldito!!
Maldito!!
Personagem
3:-Era o maldito bem dito!!
Gregório:“ O cura, a quem toca a cura
De curar esta cidade
Cheia a tem de enfermidades...”
Mulata :- Era um homem muito do danado
Quando deixava seus passos no Paço
Deixava também seu olhar safado
Várias mulatas:-Subia por debaixo da nossa saia
Que ,vixe, Maria, dava um calor dos diabos!
Gregório :“Crioula minha vida
Supupema da minha alma
Bonita como umas flores
E alegre como umas páscoas!
Não sei que feitiço é este
Que tem na tua linda cara
A gracinha com que falas
Tem-me tão enfeitiçado
Que a bom partido tomaraCurar-me por tuas mãos
Sendo tu a que me matas”(* cenas circulando pelo Pelourinho)Personagem 4:
No meio do sagrado
Gregório era o profano!
E o verbo que se faz carne
Em sua boca era o inferno humano revelado!
E o vinho?
Hahahahaaa!!
Bebia o sangue de Cristo todos dias
Em cálices de poesia
Bradando as injustiças sociais
Zombava da hipocrisia
Dos que em nome de Deus
Enriquecia cada vez mais
Enquanto o povo coitado
Sofria calado com medo
Das bestas que comandavam o cenário!!!!( *na Cruz Caída , no Pêlo):Gregório:
“É ministro de império, mero e misto
Tão Pilatos no corpo e nas entranhas
Que solta um Barrabás e prende um Cristo!”
Personagem 5:
Dos rostos, dos restos, dos corpos, dos copos, dos remelexos
Da cadência desse povo tão brasileiro
Das ladeiras, cruzeiros, baías, becos e bares
Satirizava a realidadeGragalhava no lugar de lágrimas
Provocava a insanidade!
Personagem 6:
Fazia de sua língua um tridente
Era o diabo em forma de gente
Para incendiar o coreto
Do ministério dos burgueses fraudulentos!
Coro 1:-Fedorentos?
Coro 2 :-A burguesia fede!!!!!
Gregório :“Que me há de suceder nestas Montanhas
Com um Ministro em leis tão pouco visto
Com previsto em trampas e maranhas?
”*Trampas=árdil,trama.*Maranhas=esperteza, astúcia
Personagem 7:
E daqui da Fundação de Gregório
Temos o mesmo mar e a mesma praça que é do povo
Um povo um pouco mudado
Mas ainda muito maltratado
Por governantes mais corruptos que antes!
Que criam até leis pra cornos, imagine!E
não olham o próprio rabo!( *Cena nas escadarias da Fundação Gregório de Mattos)
Coro 1:-Alguma coisa está fora da ordem!
Coro 2:-Gregóriooooooooooooooo!!!!
Personagem 8:- Partas as correntes da alienação
Dai-nos hoje a tua língua como a mais perfeita oração!
E seremos o farol das bocas do inferno dessa nação!
Para aliviar a barra, só o farol de suas palavras ácidas!( *Cena no Farol da Barra)
Data prevista da filmagem: 21 de julho (4ª feira) -turno vespertino- 13hs30min às 17hs.Local: Pelourinho/Fundação Gregório de Mattos/ Farol da Barra.
Recursos necessários:
Figurino: Três roupas de ‘Bobo da corte’
Filmes e CDS sobre os poetas e/ou suas obrasFilme/
Filmadora
Verba para a edição da filmagem.
Transporte escolar a fim de deslocar a turma para os três locais referidos, onde será feita a filmagem do curta
Merenda escolar e água
IIIª UNIDADE ( JORGE AMADO )ANARQUISTAS GRAÇAS A ELES!
(Texto em construção, baseado na vida e obra de Jorge Amado)
Data prevista para a filmagem:Final de Setembro de 2010 – turno vespertino-13hs30min às 17hs.
Local: Fundação Casa de Jorge Amado/ Pelourinho/ Rio Vermelho.
IVª UNIDADE ( CAETANO VELOSO )
CAETANE_ANDO, É SÓ UM JEITO DE CORPO...
(Texto a construir, baseado na vida e obra de Caetano Veloso)
Data prevista para a filmagem:
Final de Novembro de 2010Local: Santo Amaro da Purificação // Teatro Dona Cano
Horário: Das 8hs às 17hs.
AÇÕES DA RESSIGNIFICAÇÃO DA APRENDIZAGEM PARA 2010 “Semeando o Saber”
"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." (Jean Piaget)
Sumário
1.Apresentação
2.Justificativa
3.Objetivos: Geral e Específicos
4.Proposta - Projeto de ressignificação com base na transdisciplinaridade da leitura
5. Metodologia
6. Programação/ações
7. Atenção Psicopedagógica
8. Atenção Psicológica
9. Avaliação
10. Atuação dos pais
11. Parceiros
12. Cronograma
13. Carências
14. Referências
PROJETO DE RESSIGNIFICAÇÃO DA PROGRESSÃO PARCIAL A DEPENDÊNCIA – 2010
1- IDENTIFICAÇÃO
Unidade Escolar: Escola Estadual Celina Pinho código– 1538 – Polo liberdade Endereço: Rua do Progresso S/N Curuzú -Liberdade Telefone: (71) 33561134 Fax: (71) 33561134 2-
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Diretora:
Edilza Maria de Oliveira Santos
Vice Diretora: Maria Teresa Rocha Costa
Vice Diretora: Mércia de Cássia Vieira Reis
Vice Diretora: Maria Clara Sanches Pepe
Público Alvo: Alunos Reprovados em até 03 disciplinas da 5ª a 8ª serie do Ensino Fundamental.
3-PROFESSORES QUE ELABORARAM E TRABALHAM NO PROJETO
Alcione Araujo Cristiano Alves Costa
Cristine Conceição Gonçalves Rebouças
Eliene Ataíde da Silva
Enéas Estrela Evilásio Piedade
Frederico Sento Sé
Gilvandro Cruz Santos
Josenita Cristina Trindade
Marcia Cristina Brito
Maria Suzete Brito dos Santos Baptista
Maurirose Ribeiro dos Santos
Mirian Figueiredo
Nelson Jesus dos Santos
Raivane Sales Valter Carvalho
APRESENTAÇÃO
O processo de aprendizagem inclui dentre outras coisas a possibilidade de cumular juntamente a aprendizagem formal a criação de debates sobre o impacto que a mesma tem sobre a realidade, ou seja, o quanto de influencia os conteúdos oferecidos de forma significativa podem mobilizar os alunos a promoverem as revoluções em suas vidas.
Aqui na Escola Celina Pinho, foram desenvolvidas atividades onde incluímos o diálogo e o estímulo à iniciativa de resolução de problemas com o aporte dos conteúdos pertinentes a cada área do conhecimento. Isso por que entendemos que a verdadeira educação se faz importante quando ela enseja a o encorajamento de ações capazes de modificar as realidades adversas, possibilitando aprendizagem enquanto se modifica e modificação enquanto se aprende.
Dessa forma, na concepção do nosso projeto de ações para 2010 nos enveredamos pelos caminhos do empreendedorismo por entender que não podíamos ficar atrelados a velhos conceitos de que a educação se reduz à mera acumulação de informações sem que estas sejam forças motrizes na atuação proativa na busca de soluções criativas para o viver e tornar significativa também a maneia como nos projetamos no mundo e como o modificamos.
Não dá para pensar que com tantos recursos culturais à nossa volta (Ylê Ayê, casa de Maria Felipa, associações de bairro, grupos de estudantes dentre outros), casas comerciais e industriais por toda a área do bairro da Curuzu e recursos naturais em nosso entorno deixaremos de vislumbrar o avanço de nossos ideais,tecnologias e políticas para encenarmos como atores de nossa realidade assim como, convidar a todos que se identifiquem com nossos planos e nossas histórias se engajem em nossos projetos.
Esperamos sim, que nossas ações signifiquem muito mais que oportunizar as atividades de reestudo, mas que também possam ressignificar as suas vidas empunhando novos projetos que possam alimentar seus sonhos de cidadania,de direitos e de vitorias na vida,pois quando o ser humano é excluído socialmente a escola é uma referencias de resgate e de inclusão ,procurando entendê-lo e escutá-las.
Dessa forma, nossas ações para com a ressignificação na Escola Celina Pinho se alicerçam em “ um mecanismo para contemplar a proposta pedagógica “Uma Escola de Todos Nos”, e a LDB 9394/96 nos artigos 23 e 24 quando preconizam a transformação escolar a partir da cidadania e da autonomia para se organizar e estabelecer meios que resultem em ações eficazes para o sistema de ensino”.
Nessa perspectiva organizamos e garantimos que todos que forem percebidos e auto-perceberem fazer parte desse enredo de inovações estarão sendo convidados a interagirem no processo de aprendizagens necessárias ao seu caminhar.
JUSTIFICATIVA
Um conjunto de fatores que se põem na justificativa da construção conjunta das ações e das praticas da ressignificação: A necessidade de repensar o quadro de alunos reprovados por condições que supervalorizam os aspectos estritamente quantitativos em detrimento do qualitativo e em desconsideração total do conhecimento prévio dos alunos que trazem consigo saberes e referentes à sua forma singular de ver e vivenciar o mundo; a necessidade de utilização de um contexto prático e articulado com a realidade do aluno para criar um ambiente de ações para ressignificar o lugar do mesmo na comunidade escolar; suscitar condições para superar as conseqüências colaterais geradas pela baixa auto-estima por conta das reprovações; construção de medidas que possam criar redefinições da forma do fazer pedagógico para torná-lo mais prazeroso e significativo atrelando-o às condições sociais.
OBJETIVOS GERAIS:
Promover a Progressão Parcial dos alunos de 5ª a 8ª serie do Ensino Fundamental da Escola Celina Pinho, contemplando o projeto de ressignificação, a fim de recuperar conhecimentos específicos das disciplinas do currículo escolar; promover com todos os atores envolvidos no processo de construção da ressignificação da dependência o repensar da conjuntura que norteiam a aprendizagem bem como refletir sobre os fatores que são indispensáveis a formação dos alunos enquanto cidadãos ativos ,compreendendo também as possibilidades de releitura do processo e avaliação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
A temática central dos objetivos específicos na Escola Celina Pinho pautam pelo repensar e recriar as ações que proporciona em ao alunado modificações significativas no seu saber e no saber ser, sendo os seguintes os objetivos específicos:
Difundir a política de ressignificação para a tomada de conhecimento de todos quantos façam parte da comunidade escolar.
Estimular o envolvimento de todos e a concretização dos projetos Promover a mudança de conceitos de reaproveitamento de estudos pelo entendimento da ressignificação.
Submeter a constante testagem as formas como se efetivam as avaliações e o que elas querem provar Estabelecer através de praticas da ressignificação a aproximação entre aprendizagem e realidade social.
Criar nos espaços educacionais contextos que propiciem a relação aprendizagem X prazer X experiências. Promover a construção de espaços onde o prazer estimule a aprendizagem.
Construir formas que atendam aos temas da transversalidade do conhecimento e que estes fomentem a mudança de paradigmas aos processos de ensino aprendizagem.
Reduzir em 50% a taxa de alunos reprovados com a utilização dos recursos da ressignificação.
Utilizar-se de um contexto pratico e articulado com a realidade do aluno para criar o ambiente e as ações da ressignificação. Possibilitar a progressão dos alunos com defasagem idade/série.
Criar mecanismos de participação e compromisso de todos na melhoria da qualidade de ensino e com aprimoramento do processo pedagógico.
PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL II 2010 “PROJETO CELINA EM CENA” TEMA: “RESGATANDO O PRAZER PELA LEITURA”
Através de ações cooperativas e empreendedoras além de incentivar a inserção de estratégias de leitura e produção textual de forma transdisciplinar. Salvador-Ba 2010
PROJETO TRANSDISCIPLINAR “CELINA EM CENA”
OBJETIVO GERAL:
Oportunizar ao educando a possibilidade de conhecer e dominar as estratégias de leitura e produção textual, bem como aprender a arte de interpretação textual, de forma interdisciplinar e lúdica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Desmistificar a idéia de que o bom leitor já “nasce feito”;
Permitir ao docente o acesso ao vários gêneros textuais trabalhados de forma interdisciplinar;
Despertar o prazer pela leitura e produção textual de forma lúdica;
Fazer com que o aluno se sinta o próprio construtor do seu conhecimento;
Possibilitar ao educando descobrir os possíveis motivos que bloquearam o seu prazer pela leitura e aprender a remover essas dificuldades. A
PRESENTAÇÃO
A Escola Estadual Celina Pinho, foi inaugurada em 30 de março de 1974 através da portaria nº 24023. Localizada no Curuzu, maior bairro de população negra desta capital, atende uma clientela de jovens e adolescentes oriundos da comunidade e dos bairros circunvizinhos, em sua grande parte afro-descendentes.
Portanto, trazem consigo um histórico de fracasso escolar, baixa-estima, conflito familiar, violência, estigmas sociais e todo tipo de preconceito, entendemos que todos esses fatores refletem no baixo rendimento escolar, assim como, compreendemos que um dos fatores de redenção dessa população está no reconhecimento da necessidade de se apropriar das diversos formas de se “desvendar o mundo” a partir da descoberta das várias possibilidades da leitura, do domínio das técnicas de leitura e produção textual ,do aprender a identificar e utilizar os diversos gêneros textuais, como forma de expressar as necessidades do social e pleitear transformações.
O Projeto Celina em Cena visa o envolvimento de todo o corpo docente e discente da escola na construção de uma prática pedagógica que consiga construir de forma lúdica de cooperada um ambiente que estimule o contato de todos com o “mundo da leitura.”
O Projeto será executado durante todo ano letivo, tendo como condutores (devidamente monitorados pelos professores de cada área), os alunos da 7ª e da 8º série, que durante todo o ano estarão estimulando os alunos das séries menores a desenvolverem o prazer pela leitura.
A culminação parcial do projeto acontecerá a cada bimestre onde os alunos deverão apresentar os progressos realizados e serão premiados pelo seu empenho e participação. No final do ano, deverá acontecer o primeiro fórum de leitura ,que deverá ser promovido pelos alunos da 7º e 8ª séries, com a presença dos professores , comunidade escolar, família e convidados para discutirem sobre a viabilização do projeto, a contribuição dada a comunidade escolar e as perspectivas para o 2º ano do projeto.
Nesse momento, deverão ser premiados os alunos que conseguirem cumprir com todas as atividades propostas durante o ano, assim como os que com sua participação fizeram o brilhantismo do projeto.
O cronograma de atividades deverá ser construído pelo corpo docente, coordenação pedagógica, com a participação das séries viabilizadoras, apresentado no momento definido a toda a comunidade escolar.
RESULTADOS ESPERADOS.
Desmistificar a idéia de que a leitura nasceu para alguns; O entendimento de que a leitura está intrinsecamente ligada a noção de poder da sociedade capitalista.
Pode quem sabe mais. A reelaboração de conceitos e valores daqueles que acreditam que não são capazes de aprender; A compreensão por parte do alunado da importância do conhecimento e do uso das estratégias de leitura para o bom desempenho de suas atividades acadêmicas; Mostrar que vivemos “imersos” no mundo da leitura por isso, não podemos olvidá-lo; O enriquecimento cultural e intelectual do alunado. AÇÕES.
Participação dos alunos da 7ª e 8ª série, na apresentação do projeto para a comunidade escolar; Intervenção dos alunos viabilizadores na aplicação dos conteúdos programáticos. Os alunos serão devidamente monitorados pelo professor regente; Criação e aplicação pelos viabilizadores de jogos e brincadeiras que facilitem a compreensão do conteúdo trabalhado; Criação do selo de qualidade Celina Pinho.
Todo o aluno que no final da unidade conseguir cumprir o cronograma de atividades, receberá o selo de qualidade Celina Pinho; Mini-palestras enfocando o tema do projeto para a comunidade escolar; Visitas a museus, escola de arte e outros, para sensibilizar sobre outras formas de leituras; Direcionar o olhar da criança para perceber a leitura com meio de redenção de libertação do Ser; Apresentação de teatro de fantoche abordando o tema; Realização por parte dos alunos, de mini-seminários para expressar o conteúdo assimilado.
Discussão dos dados levantados; Seleção dos melhores do ano para participarem do grupo de leitores nota 10 do Celina Pinho. Esses alunos poderão ser apadrinhados pelo comércio local ou outros parceiros ou grupos e poderão ter suas fotos expostas na casa comercial que o apadrinhou.
METODOLOGIA
A Progressão Parcial será oferecida de forma simultânea com os estudos regulares, em turno oposto por meio de aulas presenciais e atividades extra-classe ,obedecendo à matriz curricular de cada disciplina. Propõe-se que sejam incluídas as formas criativas e lúdicas que lancem mão de técnicas expressivas como teatro, pintura, dança, capoeira, jogos, dinâmicas além de artesanato com uso de sucatas, cine-debate, desenhos e todo o enredo de possibilidades que no decurso das atividades sirvam como reforço às práticas de ressignificação do conhecimento e da cidadania e que possam ser utilizadas para suscitar nos alunos o prazer, o reconhecimento e a vivência.
Este projeto constitui-se de métodos e técnicas especificas por área de aprendizagem, que possam contribuir para a superação das dificuldades identificadas na aprendizagem dos alunos em distorção idade/série, reprovados em até três disciplinas.
Serão realizadas oficinas interdisciplinares que favorecerão a aprendizagem de forma mais significativa.
PROGRAMAÇÃO/AÇÕES:
Ações por Bimestre: Março- Abril Culminância de 1º de março a 30 de abril dia 30 de abril (sexta) Maio-Junho Culminância de 03 de maio a 30 de junho dia 30 de julho (quarta) Julho-Agosto Culminância de 1º de Julho a 31 de agosto dia 31 de agosto (terça) Setembro-Outubro Culminância de 1º de setembro a 29 Outubro dia 29 de outubro (sexta) Novembro-Dezembro Culminância de 1º de novembro a 17 dezembro dia 17de dezembro (sexta)
Obs: Ao final de cada bimestre serão feitas as culminâncias que serão momentos de referencia quando serão apresentadas as produções e os resultados alcançados até aquela data, além de auto-avaliação do aluno, do professor e produção do portfólio, relatório do professor sobre a trajetória,os acontecimentos do período e suas impressões.
ATENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Durante a execução do projeto contaremos com uma profissional da área de Psicopedagogia com a finalidade de acompanhar e orientar os alunos inscritos e os seus pais no projeto de ressignificação para que possam ter total apoio no que tange os distúrbios de aprendizagem dentre outras questões pertinentes a área.
ATENÇÃO PSICOLÓGICA
O projeto também contempla atenção psicológica nas situações em que sejam pertinentes. Serão feitas atividades de escuta, dinâmicas de grupos, além de formação de grupos temáticos e arte terapia a fim de subsidiar aspectos que apontem desequilíbrio que comprometam as condições comportamentais do ensino-aprendizagem dentre outras situações de disfuncionalidade.
AVALIAÇÃO
A proposta de avaliação é que a mesma seja feita observando a precedência de avaliação diagnóstica e acompanhamento de caráter processual onde possam ser revisitados os planos,conteúdos e métodos antes utilizados para que depois de analisados possam ser validados ou não no conjunto de aprimoramento e crescimento do aluno e acrescentados a um novo olhar pela ótica da ressignificação ou seja, que o aluno seja visto de forma holística, não apenas pelas suas limitações, mas com suas grandezas e potencialidades e que sobre essas sejam feitas novas reflexões, que devem durar todo o processo.
É importante ressaltar que o professor construirá suas verificações com o foco no processo, fazendo com que a caminhada se torne significativa para o aluno onde preponderá o qualitativo sobre o quantitativo e ambos registrarão em portfólios, relatórios e seminários, testes, debates, além de apresentações e trabalhos escritos e orais.
ATUAÇÃO DOS PAIS
Aos pais caberá a implicação do acompanhamento em casa das atividades,assim como a sua articulação com a escola Celina Pinho através das visitas, encontros, reuniões e palestras que farão parte do processo e para que se possam atuar como verdadeiros parceiros diretos das ações desenvolvidas pelos atores do projeto de ressignificação.
PARCEIROS
Destacamos o papel importante dos parceiros que contribuirão com a participação nos processos de logística e apoio técnico, pois facilitarão o deslocamento, além de ceder espaços para o desenvolvimento das atividades. Alguns parceiros: Escola Parque ,Escola Anísio Teixeira,Escola Candolina e SEC.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Elaboração do projeto 2009 Apresentação da proposta à comunidade escolar Aula inaugural Desenvolvimento das aulas Avaliação e auto avaliação Reuniões com os pais / responsáveis Oficinas da área de Matemática e suas Tecnologias Oficinas da área de língua Portuguesa e suas Tecnologias Oficinas de estudo de Ciências da natureza e suas Tecnologias Oficinas da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias Oficinas socioeducativas Atividades de Campo/ visitas e aulas públicas Atendimento Individualizado c/ professor Psicopedagogia/aluno Psicopedagogia /pais Psicologia/ aluno Psicologia/pais Atividades c/ o uso do computador Atividades pesquisa na biblioteca
“PROJETO CELINA IN CENA”
CARÊNCIAS
Merenda Escolar para o número de alunos participantes do projeto.
OBSERVAÇÃO:
O Projeto será executado nos turnos Matutino e Vespertino.
Referências: Projeto de Ressignificação da Escola Celina Pinho LDB 9394/96 PCNs PPP- Projeto Político Pedagógico da Escola Celina Pinho Temas Transversais-MEC Módulos dos cursos de Gestores da Rede Estadual de Ensino Materiais fornecidos nas capacitações magmello@sec.ba.gov.br (ALBA) tjesus@sec.ba.gov.br (TERCIO) apguerra@sec.ba.gov.br (ALTAMIR) aosantana@sec.ba.gov.br (ANDREIA) rlbastos@sec.ba.gov.br (RENATA) msampaio@sec.ba.gov.br (MARCELLE) lmoraes@sec.ba.gov.br (LUCIANA) 71 3115-1332
Sumário
1.Apresentação
2.Justificativa
3.Objetivos: Geral e Específicos
4.Proposta - Projeto de ressignificação com base na transdisciplinaridade da leitura
5. Metodologia
6. Programação/ações
7. Atenção Psicopedagógica
8. Atenção Psicológica
9. Avaliação
10. Atuação dos pais
11. Parceiros
12. Cronograma
13. Carências
14. Referências
PROJETO DE RESSIGNIFICAÇÃO DA PROGRESSÃO PARCIAL A DEPENDÊNCIA – 2010
1- IDENTIFICAÇÃO
Unidade Escolar: Escola Estadual Celina Pinho código– 1538 – Polo liberdade Endereço: Rua do Progresso S/N Curuzú -Liberdade Telefone: (71) 33561134 Fax: (71) 33561134 2-
EQUIPE DE ELABORAÇÃO
Diretora:
Edilza Maria de Oliveira Santos
Vice Diretora: Maria Teresa Rocha Costa
Vice Diretora: Mércia de Cássia Vieira Reis
Vice Diretora: Maria Clara Sanches Pepe
Público Alvo: Alunos Reprovados em até 03 disciplinas da 5ª a 8ª serie do Ensino Fundamental.
3-PROFESSORES QUE ELABORARAM E TRABALHAM NO PROJETO
Alcione Araujo Cristiano Alves Costa
Cristine Conceição Gonçalves Rebouças
Eliene Ataíde da Silva
Enéas Estrela Evilásio Piedade
Frederico Sento Sé
Gilvandro Cruz Santos
Josenita Cristina Trindade
Marcia Cristina Brito
Maria Suzete Brito dos Santos Baptista
Maurirose Ribeiro dos Santos
Mirian Figueiredo
Nelson Jesus dos Santos
Raivane Sales Valter Carvalho
APRESENTAÇÃO
O processo de aprendizagem inclui dentre outras coisas a possibilidade de cumular juntamente a aprendizagem formal a criação de debates sobre o impacto que a mesma tem sobre a realidade, ou seja, o quanto de influencia os conteúdos oferecidos de forma significativa podem mobilizar os alunos a promoverem as revoluções em suas vidas.
Aqui na Escola Celina Pinho, foram desenvolvidas atividades onde incluímos o diálogo e o estímulo à iniciativa de resolução de problemas com o aporte dos conteúdos pertinentes a cada área do conhecimento. Isso por que entendemos que a verdadeira educação se faz importante quando ela enseja a o encorajamento de ações capazes de modificar as realidades adversas, possibilitando aprendizagem enquanto se modifica e modificação enquanto se aprende.
Dessa forma, na concepção do nosso projeto de ações para 2010 nos enveredamos pelos caminhos do empreendedorismo por entender que não podíamos ficar atrelados a velhos conceitos de que a educação se reduz à mera acumulação de informações sem que estas sejam forças motrizes na atuação proativa na busca de soluções criativas para o viver e tornar significativa também a maneia como nos projetamos no mundo e como o modificamos.
Não dá para pensar que com tantos recursos culturais à nossa volta (Ylê Ayê, casa de Maria Felipa, associações de bairro, grupos de estudantes dentre outros), casas comerciais e industriais por toda a área do bairro da Curuzu e recursos naturais em nosso entorno deixaremos de vislumbrar o avanço de nossos ideais,tecnologias e políticas para encenarmos como atores de nossa realidade assim como, convidar a todos que se identifiquem com nossos planos e nossas histórias se engajem em nossos projetos.
Esperamos sim, que nossas ações signifiquem muito mais que oportunizar as atividades de reestudo, mas que também possam ressignificar as suas vidas empunhando novos projetos que possam alimentar seus sonhos de cidadania,de direitos e de vitorias na vida,pois quando o ser humano é excluído socialmente a escola é uma referencias de resgate e de inclusão ,procurando entendê-lo e escutá-las.
Dessa forma, nossas ações para com a ressignificação na Escola Celina Pinho se alicerçam em “ um mecanismo para contemplar a proposta pedagógica “Uma Escola de Todos Nos”, e a LDB 9394/96 nos artigos 23 e 24 quando preconizam a transformação escolar a partir da cidadania e da autonomia para se organizar e estabelecer meios que resultem em ações eficazes para o sistema de ensino”.
Nessa perspectiva organizamos e garantimos que todos que forem percebidos e auto-perceberem fazer parte desse enredo de inovações estarão sendo convidados a interagirem no processo de aprendizagens necessárias ao seu caminhar.
JUSTIFICATIVA
Um conjunto de fatores que se põem na justificativa da construção conjunta das ações e das praticas da ressignificação: A necessidade de repensar o quadro de alunos reprovados por condições que supervalorizam os aspectos estritamente quantitativos em detrimento do qualitativo e em desconsideração total do conhecimento prévio dos alunos que trazem consigo saberes e referentes à sua forma singular de ver e vivenciar o mundo; a necessidade de utilização de um contexto prático e articulado com a realidade do aluno para criar um ambiente de ações para ressignificar o lugar do mesmo na comunidade escolar; suscitar condições para superar as conseqüências colaterais geradas pela baixa auto-estima por conta das reprovações; construção de medidas que possam criar redefinições da forma do fazer pedagógico para torná-lo mais prazeroso e significativo atrelando-o às condições sociais.
OBJETIVOS GERAIS:
Promover a Progressão Parcial dos alunos de 5ª a 8ª serie do Ensino Fundamental da Escola Celina Pinho, contemplando o projeto de ressignificação, a fim de recuperar conhecimentos específicos das disciplinas do currículo escolar; promover com todos os atores envolvidos no processo de construção da ressignificação da dependência o repensar da conjuntura que norteiam a aprendizagem bem como refletir sobre os fatores que são indispensáveis a formação dos alunos enquanto cidadãos ativos ,compreendendo também as possibilidades de releitura do processo e avaliação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
A temática central dos objetivos específicos na Escola Celina Pinho pautam pelo repensar e recriar as ações que proporciona em ao alunado modificações significativas no seu saber e no saber ser, sendo os seguintes os objetivos específicos:
Difundir a política de ressignificação para a tomada de conhecimento de todos quantos façam parte da comunidade escolar.
Estimular o envolvimento de todos e a concretização dos projetos Promover a mudança de conceitos de reaproveitamento de estudos pelo entendimento da ressignificação.
Submeter a constante testagem as formas como se efetivam as avaliações e o que elas querem provar Estabelecer através de praticas da ressignificação a aproximação entre aprendizagem e realidade social.
Criar nos espaços educacionais contextos que propiciem a relação aprendizagem X prazer X experiências. Promover a construção de espaços onde o prazer estimule a aprendizagem.
Construir formas que atendam aos temas da transversalidade do conhecimento e que estes fomentem a mudança de paradigmas aos processos de ensino aprendizagem.
Reduzir em 50% a taxa de alunos reprovados com a utilização dos recursos da ressignificação.
Utilizar-se de um contexto pratico e articulado com a realidade do aluno para criar o ambiente e as ações da ressignificação. Possibilitar a progressão dos alunos com defasagem idade/série.
Criar mecanismos de participação e compromisso de todos na melhoria da qualidade de ensino e com aprimoramento do processo pedagógico.
PROPOSTA PEDAGÓGICA PARA O ENSINO FUNDAMENTAL II 2010 “PROJETO CELINA EM CENA” TEMA: “RESGATANDO O PRAZER PELA LEITURA”
Através de ações cooperativas e empreendedoras além de incentivar a inserção de estratégias de leitura e produção textual de forma transdisciplinar. Salvador-Ba 2010
PROJETO TRANSDISCIPLINAR “CELINA EM CENA”
OBJETIVO GERAL:
Oportunizar ao educando a possibilidade de conhecer e dominar as estratégias de leitura e produção textual, bem como aprender a arte de interpretação textual, de forma interdisciplinar e lúdica.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Desmistificar a idéia de que o bom leitor já “nasce feito”;
Permitir ao docente o acesso ao vários gêneros textuais trabalhados de forma interdisciplinar;
Despertar o prazer pela leitura e produção textual de forma lúdica;
Fazer com que o aluno se sinta o próprio construtor do seu conhecimento;
Possibilitar ao educando descobrir os possíveis motivos que bloquearam o seu prazer pela leitura e aprender a remover essas dificuldades. A
PRESENTAÇÃO
A Escola Estadual Celina Pinho, foi inaugurada em 30 de março de 1974 através da portaria nº 24023. Localizada no Curuzu, maior bairro de população negra desta capital, atende uma clientela de jovens e adolescentes oriundos da comunidade e dos bairros circunvizinhos, em sua grande parte afro-descendentes.
Portanto, trazem consigo um histórico de fracasso escolar, baixa-estima, conflito familiar, violência, estigmas sociais e todo tipo de preconceito, entendemos que todos esses fatores refletem no baixo rendimento escolar, assim como, compreendemos que um dos fatores de redenção dessa população está no reconhecimento da necessidade de se apropriar das diversos formas de se “desvendar o mundo” a partir da descoberta das várias possibilidades da leitura, do domínio das técnicas de leitura e produção textual ,do aprender a identificar e utilizar os diversos gêneros textuais, como forma de expressar as necessidades do social e pleitear transformações.
O Projeto Celina em Cena visa o envolvimento de todo o corpo docente e discente da escola na construção de uma prática pedagógica que consiga construir de forma lúdica de cooperada um ambiente que estimule o contato de todos com o “mundo da leitura.”
O Projeto será executado durante todo ano letivo, tendo como condutores (devidamente monitorados pelos professores de cada área), os alunos da 7ª e da 8º série, que durante todo o ano estarão estimulando os alunos das séries menores a desenvolverem o prazer pela leitura.
A culminação parcial do projeto acontecerá a cada bimestre onde os alunos deverão apresentar os progressos realizados e serão premiados pelo seu empenho e participação. No final do ano, deverá acontecer o primeiro fórum de leitura ,que deverá ser promovido pelos alunos da 7º e 8ª séries, com a presença dos professores , comunidade escolar, família e convidados para discutirem sobre a viabilização do projeto, a contribuição dada a comunidade escolar e as perspectivas para o 2º ano do projeto.
Nesse momento, deverão ser premiados os alunos que conseguirem cumprir com todas as atividades propostas durante o ano, assim como os que com sua participação fizeram o brilhantismo do projeto.
O cronograma de atividades deverá ser construído pelo corpo docente, coordenação pedagógica, com a participação das séries viabilizadoras, apresentado no momento definido a toda a comunidade escolar.
RESULTADOS ESPERADOS.
Desmistificar a idéia de que a leitura nasceu para alguns; O entendimento de que a leitura está intrinsecamente ligada a noção de poder da sociedade capitalista.
Pode quem sabe mais. A reelaboração de conceitos e valores daqueles que acreditam que não são capazes de aprender; A compreensão por parte do alunado da importância do conhecimento e do uso das estratégias de leitura para o bom desempenho de suas atividades acadêmicas; Mostrar que vivemos “imersos” no mundo da leitura por isso, não podemos olvidá-lo; O enriquecimento cultural e intelectual do alunado. AÇÕES.
Participação dos alunos da 7ª e 8ª série, na apresentação do projeto para a comunidade escolar; Intervenção dos alunos viabilizadores na aplicação dos conteúdos programáticos. Os alunos serão devidamente monitorados pelo professor regente; Criação e aplicação pelos viabilizadores de jogos e brincadeiras que facilitem a compreensão do conteúdo trabalhado; Criação do selo de qualidade Celina Pinho.
Todo o aluno que no final da unidade conseguir cumprir o cronograma de atividades, receberá o selo de qualidade Celina Pinho; Mini-palestras enfocando o tema do projeto para a comunidade escolar; Visitas a museus, escola de arte e outros, para sensibilizar sobre outras formas de leituras; Direcionar o olhar da criança para perceber a leitura com meio de redenção de libertação do Ser; Apresentação de teatro de fantoche abordando o tema; Realização por parte dos alunos, de mini-seminários para expressar o conteúdo assimilado.
Discussão dos dados levantados; Seleção dos melhores do ano para participarem do grupo de leitores nota 10 do Celina Pinho. Esses alunos poderão ser apadrinhados pelo comércio local ou outros parceiros ou grupos e poderão ter suas fotos expostas na casa comercial que o apadrinhou.
METODOLOGIA
A Progressão Parcial será oferecida de forma simultânea com os estudos regulares, em turno oposto por meio de aulas presenciais e atividades extra-classe ,obedecendo à matriz curricular de cada disciplina. Propõe-se que sejam incluídas as formas criativas e lúdicas que lancem mão de técnicas expressivas como teatro, pintura, dança, capoeira, jogos, dinâmicas além de artesanato com uso de sucatas, cine-debate, desenhos e todo o enredo de possibilidades que no decurso das atividades sirvam como reforço às práticas de ressignificação do conhecimento e da cidadania e que possam ser utilizadas para suscitar nos alunos o prazer, o reconhecimento e a vivência.
Este projeto constitui-se de métodos e técnicas especificas por área de aprendizagem, que possam contribuir para a superação das dificuldades identificadas na aprendizagem dos alunos em distorção idade/série, reprovados em até três disciplinas.
Serão realizadas oficinas interdisciplinares que favorecerão a aprendizagem de forma mais significativa.
PROGRAMAÇÃO/AÇÕES:
Ações por Bimestre: Março- Abril Culminância de 1º de março a 30 de abril dia 30 de abril (sexta) Maio-Junho Culminância de 03 de maio a 30 de junho dia 30 de julho (quarta) Julho-Agosto Culminância de 1º de Julho a 31 de agosto dia 31 de agosto (terça) Setembro-Outubro Culminância de 1º de setembro a 29 Outubro dia 29 de outubro (sexta) Novembro-Dezembro Culminância de 1º de novembro a 17 dezembro dia 17de dezembro (sexta)
Obs: Ao final de cada bimestre serão feitas as culminâncias que serão momentos de referencia quando serão apresentadas as produções e os resultados alcançados até aquela data, além de auto-avaliação do aluno, do professor e produção do portfólio, relatório do professor sobre a trajetória,os acontecimentos do período e suas impressões.
ATENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA
Durante a execução do projeto contaremos com uma profissional da área de Psicopedagogia com a finalidade de acompanhar e orientar os alunos inscritos e os seus pais no projeto de ressignificação para que possam ter total apoio no que tange os distúrbios de aprendizagem dentre outras questões pertinentes a área.
ATENÇÃO PSICOLÓGICA
O projeto também contempla atenção psicológica nas situações em que sejam pertinentes. Serão feitas atividades de escuta, dinâmicas de grupos, além de formação de grupos temáticos e arte terapia a fim de subsidiar aspectos que apontem desequilíbrio que comprometam as condições comportamentais do ensino-aprendizagem dentre outras situações de disfuncionalidade.
AVALIAÇÃO
A proposta de avaliação é que a mesma seja feita observando a precedência de avaliação diagnóstica e acompanhamento de caráter processual onde possam ser revisitados os planos,conteúdos e métodos antes utilizados para que depois de analisados possam ser validados ou não no conjunto de aprimoramento e crescimento do aluno e acrescentados a um novo olhar pela ótica da ressignificação ou seja, que o aluno seja visto de forma holística, não apenas pelas suas limitações, mas com suas grandezas e potencialidades e que sobre essas sejam feitas novas reflexões, que devem durar todo o processo.
É importante ressaltar que o professor construirá suas verificações com o foco no processo, fazendo com que a caminhada se torne significativa para o aluno onde preponderá o qualitativo sobre o quantitativo e ambos registrarão em portfólios, relatórios e seminários, testes, debates, além de apresentações e trabalhos escritos e orais.
ATUAÇÃO DOS PAIS
Aos pais caberá a implicação do acompanhamento em casa das atividades,assim como a sua articulação com a escola Celina Pinho através das visitas, encontros, reuniões e palestras que farão parte do processo e para que se possam atuar como verdadeiros parceiros diretos das ações desenvolvidas pelos atores do projeto de ressignificação.
PARCEIROS
Destacamos o papel importante dos parceiros que contribuirão com a participação nos processos de logística e apoio técnico, pois facilitarão o deslocamento, além de ceder espaços para o desenvolvimento das atividades. Alguns parceiros: Escola Parque ,Escola Anísio Teixeira,Escola Candolina e SEC.
CRONOGRAMA DE ATIVIDADES
Elaboração do projeto 2009 Apresentação da proposta à comunidade escolar Aula inaugural Desenvolvimento das aulas Avaliação e auto avaliação Reuniões com os pais / responsáveis Oficinas da área de Matemática e suas Tecnologias Oficinas da área de língua Portuguesa e suas Tecnologias Oficinas de estudo de Ciências da natureza e suas Tecnologias Oficinas da área de Ciências Humanas e suas Tecnologias Oficinas socioeducativas Atividades de Campo/ visitas e aulas públicas Atendimento Individualizado c/ professor Psicopedagogia/aluno Psicopedagogia /pais Psicologia/ aluno Psicologia/pais Atividades c/ o uso do computador Atividades pesquisa na biblioteca
“PROJETO CELINA IN CENA”
CARÊNCIAS
Merenda Escolar para o número de alunos participantes do projeto.
OBSERVAÇÃO:
O Projeto será executado nos turnos Matutino e Vespertino.
Referências: Projeto de Ressignificação da Escola Celina Pinho LDB 9394/96 PCNs PPP- Projeto Político Pedagógico da Escola Celina Pinho Temas Transversais-MEC Módulos dos cursos de Gestores da Rede Estadual de Ensino Materiais fornecidos nas capacitações magmello@sec.ba.gov.br (ALBA) tjesus@sec.ba.gov.br (TERCIO) apguerra@sec.ba.gov.br (ALTAMIR) aosantana@sec.ba.gov.br (ANDREIA) rlbastos@sec.ba.gov.br (RENATA) msampaio@sec.ba.gov.br (MARCELLE) lmoraes@sec.ba.gov.br (LUCIANA) 71 3115-1332
RESSIGNIFICANDO A APRENDIZAGEM: SEMEANDO O SABER
EQUIPE DE GESTORES
Edilza Maria de Oliveira Santos
Maria Tereza Rocha Costa
Mércia de Cássia Vieira Reis
Maria Clara Sanches Pepe
ELABORAÇÃO
Alcione Araujo
Cristiano Alves costa
Cristine Conceição Gonçalves Rebouças
Eliene Ataíde da Silva
Enéas Estrela
Evilásio Piedade
Frederico Sento Sé
Gilvandro Cruz Santos
Josenita Cristina Trindade
Márcia Cristina Brito
Maria Suzete Brito dos Santos Baptista
Maurirose Ribeiro dos Santos
Mirian Figueiredo
Nelson Jesus dos santos
Raivane Sales
Valter Carvalho
Sumário
1. INTRODUÇÃO
Contexto Escolar
O Projeto
2. JUSTIFICATIVA
3. REVISÃO TEÓRICO METODOLÓGICA
4. OBJETIVO GERAL
5. OBJETIVO ESPECIFICO
5.2 Do Aluno
5.3 Do Professor
6. PROGRAMA
7. RECURSOS MATERIAIS
8. AVALIAÇÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
INTRODUÇÃO
CONTEXTO ESCOLAR
A Escola Estadual Celina Pinho, foi inaugurada em 30 de março de 1974 através da portaria nº 24023. Localizada no Curuzu, maior bairro de população negra desta capital, atende uma clientela de jovens e adolescentes oriundos da comunidade e dos bairros circunvizinhos, em sua grande parte afro-descendentes. Portanto, trazem consigo um histórico de fracasso escolar, baixa-estima, conflito familiar, violência, estigmas sociais e todo tipo de preconceito, fatores que refletem no baixo rendimento na escola e que os excluem do convívio dos bens sociais
O bairro do Curuzu localiza-se no centro da Liberdade, de geografia recortada, a rua abriga edificações de ocupação espontânea e desordenada, com residências construídas sobre lajes. Possui diversos terreiros de candomblé, inúmeras manifestações culturais, quatro entidades carnavalescas, entre elas o Ilê Aiyê. Atualmente o Sebrae, através do Projeto de Desenvolvimento dos Pequenos Empreendimentos Culturais, designa o bairro como Corredor Cultural da Liberdade. O projeto tem como objetivo valorizar e divulgar a diversidade cultural e étnica existentes no bairro, tornando-se um destino turístico cultural que proporcione, através de pequenos negócios, o desenvolvimento sustentável da comunidade local. O Corredor Cultural é um grande estímulo ao empreendedorismo e à geração de oportunidades de negócios para os afros descendentes de Salvador, já que o trabalho informal atinge 60% das atividades na Rua do Curuzu.
A tradição oral da comunidade, conta que o bairro foi constituído a partir de um quilombo instalado na região, daí o caráter predominantemente negro de sua população.
Apesar de predominar no imaginário brasileiro o modelo de quilombo de Palmares, há muito se discute entre o s pesquisadores do tema a pluralidade nas formas e tipos , de quilombos que povoaram o Brasil desde os primórdios da colonização. O bairro do Curuzu, localizado no centro da cidade de Salvador, constituiu-se de um quilombo que difere em muitos aspectos do modelo palmarino, mais que se tornou comum nos grandes centros urbanos e que pode ter surgido tanto antes, quanto no pós-abolição.
Ainda no calor dos debates sobre o período, e como resultado da pressão exercida pelo movimento negro e pela sociedade civil, foi promulgado em 1988 o artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias que estabelece: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombolas que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo ao Estado emitir-lhe os títulos respectivos” 1. Apesar de um importante passo dado no caminho para a reparação das injustiças e perseguições que os descendentes de escravos sofreram no pós-abolição, a Lei, exclui uma parcela significativa de comunidades negras, estabelecidas principalmente no meio rural, constituídas antes ou depois da abolição, mas que não tem sua origem necessariamente ligada a um quilombo no sentido clássico do termo.
Dentro dessa perspectiva, houve uma ressignificação do processo de aquilombamento que agora surge não somente como um local onde se escondiam “os negros fujões”, mas sim como um local de resistência à sociedade escravocrata, que mesmo após a abolição continuaria regida por um sistema embasado numa mentalidade escravista.2
Emilia Viotti sugere que os quilombos foram um dos fatores de inquietude das populações livres durante todo o período da escravidão. Segundo a historiadora, reunidos em grupos, os escravos fugidos assaltavam as fazendas e as estradas, pondo em perigos a vidas dos passantes. Autora diz, que as recompensas pela captura de trabalhadores escravos fugidos eram fartas. “As gratificações acompanhavam a alta geral do preço do escravo”, principalmente após o fim do tráfico internacional de trabalhadores escravizados. Viotti deixa transparecer que a repressão à fuga dificultou, no início, a formação de quilombos numerosos. Somente no final do período escravista aconteceram fugas em massa, pois a atuação das sociedades protetoras de escravos, dos clubes abolicionistas e a divulgação das idéias antiescravistas iam tornado difícil [...] a ação dos capitães-do-mato que contavam cada vez menos com a colaboração do povo. 3
As fugas foram uma das principais formas de resistência empreendidas pelos escravos, enquanto a utilização desta mão-de-obra foi vigente no Brasil. Silva Lara comenta que estas angustiaram tanto o escravizador que depois do comercio “a maior preocupação da legislação metropolitana [...] teria sido a questão das fugas. Desde as ordenações até as Leis Extravagantes e Cartas Regias há constante referencias a repressão dos quilombos e [à] proibição de ajuda a escravos fugidos – tema recorrente nas determinações expedidas pelas autoridades coloniais”. 4
Para a historiografia tradicional as fugas tinham como resultado, invariavelmente, o surgimento de um quilombo. Mas como já demonstrado acima, novas interpretações sobre o tema, defendidos por historiadores como João Reis e Flávio dos Santos Gomes, entre outros, trazem a tona novas possibilidades de compreensão sobre a finalidade das fugas, o que culminou em uma revisão historiográfica pondo em cheque o próprio conceito de quilombo, tradicionalmente interpretado dentro da ótica do modelo palmarino.
Em “Mato, Palhoça e Pilão”, Ademir Fiabani, nos conta que novas pesquisas têm levado a antropologia a debater e propor uma ressignificação do conceito de quilombo. Lugares comuns como à idéia de isolamento, a redução do conceito de quilombo a escravos fugidos, assim como uma generalização mecânica do modelo palmarino têm sido desconstruidos, em prol de uma visão mais ampla e múltipla. Tem-se levado em conta à especificidade de cada remanescente estudada, assim como sua identidade, sua auto-representação, sua história e vínculos com elas estabelecidos pelos sujeitos sociais no presente. Tem-se entendido, pois, quilombo como terra de negros, como espaço de resistência, nas diversas formas através das qual essa resistência pode se manifestar. 5
Partindo da compreensão da realidade imposta por uma sociedade desigual e devido ao seu caráter atuante na comunidade, a Escola Celina Pinho, é tida hoje o principal centro fomentador de questionamentos sobre a realidade da comunidade, buscando assim as melhores formas de solucionar os problemas que historicamente assolam o bairro do Curuzu.
Tais problemas são perceptíveis a medida que convivemos e acolhemos a comunidade na nosssa escola, fazendo valer a nossa visão, nossa missão e nossos valores. A medida que, formamos cidadãos críticos e atuantes preparados para o exercício de sua cidadania.
O PROJETO
O presente projeto, expõe a respeito do processo formativo dentro da organização pedagógica em tempos humanos (infância, juventude e a vida adulta), ao mesmo tempo, permite um trabalho educativo focado em questões específicas de cada etapa do desenvolvimento humano, sendo uma forma de organização pedagógica que desloca o foco dos conteúdos para os sujeitos, suas trajetórias e suas vivências contextuais. O principal objetivo deste trabalho é o êxito dos alunos em dificuldade de aprendizagem, também amenizar o problema da defasagem idade-série, a evasão escolar, assim, com tempo ocupado dentro do espaço escolar evite fazer parte do grupo de risco social dentro da comunidade.
Na linguagem da psicologia moderna e da Programação Neurolinguística (PNL) Ressignificação é a habilidade que temos de atribuir um significado positivo, satisfatório para um acontecimento que muito nos incomoda ou prejudica, de tal forma, que após resignificado, passamos a encará-lo com muita tranqüilidade, chegando até mesmo a agradecer a Deus por essas "oportunidades de crescimento". Na prática, ser capaz de ressignificar é aprender a observar que todas as circunstâncias na vida podem ser compreendidas. A idéia não é simplificar situações complexas e sim encarar a complexidade de uma forma mais simples. É assimilar fatos incômodos com equilíbrio emocional e conseqüente serenidade. Não é fácil, mas muito necessário! Desta forma, a educação é construída pelo sujeito da aprendizagem, no cenário escolar prevalecem a ressignificação dos sujeitos, novas coreografias, novas formas de comunicação e a construção de novas habilidades, caracterizando competências e atitudes significativas. Nos bastidores da aprendizagem há a participação, mediação e interatividade, porque há um novo ambiente de aprendizagem, remodelização dos papéis dos atores e co-autores do processo, desarticulação de incertezas e novas formas de interação mediadas pela orientação, condução e facilitação dos caminhos a seguir.
Sendo assim, a educação vista sobre o prisma da aprendizagem, representa a vez da voz, o resgate da vez e a oportunidade de ser levado em consideração. O conhecimento como cooperação, criatividade e critícidade, fomenta a liberdade e a coragem para transformar, sendo que o aprendiz se torna no sujeito ator como protagonista da sua aprendizagem. Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente.
Entendemos que a questão do sucesso ou do fracasso escolar se torna relativa quando o “fracassado” nem sempre tem as piores notas e o “vencedor” não é necessariamente aquele que sempre fica em primeiro lugar, mostrando-nos que a esescola precisa repensar o seu papel na sociedade e que a educação deve passar por uma mudança de métodos, de conteúdos e de filosofia.
Portanto, o “aprender a aprender” projeta o professor como orientador construtivo e participativo. O professor como educador transcende a posição de instrutor e preocupa-se em ampliar caminhos para emancipação dele mesmo e de seus alunos. O mundo moderno exige dos sujeitos uma formação que envolva raciocínio lógico, criatividade, espírito de investigação, diálogo com os autores, construção de textos próprios, capacidade produtiva e vivência de cidadania plena. Implica, ainda, saber pensar e, ao mesmo tempo, a capacidade de dominar e renovar informação e de dividir o que fazer com ela. A proposição é a união entre saber mudar, aprender para transformar, pesquisar para reconstruir, enfim, não se restringir a copiar e decorar.
PÚBLICO ALVO: Alunos das 5ªs à 8ªs Séries dos turnos matutino e vespertino.
JUSTIFICATIVA
Estudar é antes de tudo um investimento, um investimento caro e que toma uma parte significativa da renda familiar independente da classe social que o estudante pertença. Pensando, dentro da lógica capitalista, em todo investimento imagina-se um retorno, que na realidade escolar (ou da educação como um todo), este retorno não é somente financeiro, como emocional e social.
Para as famílias de baixa renda mesmo tendo assegurado o acesso as instituições de ensino público6, o investimento para manter suas crianças nas escolas é muito alto, seja ele na compra de fardamentos, ou na passagem dos ônibus, ou o mais agravante: no entendimento de muitos pais, estas crianças significam mão de obra semi-especializada que estariam deixando de contribuir para a renda familiar, tornando-se um esforço muito grande mantê-las freqüentando as escolas.
Portanto o alto índice de reprovação dos estudantes no sistema publico de ensino, é hoje um dos temas que mais preocupam nossos educadores. A presença do aluno reprovado na sala de aula torna-se causa de angustia não apenas do próprio estudante, como também dos professores que se vêem as voltas de um desconhecido, que não se adapta aos colegas, algumas vezes com grande diferença de idade, se sentindo deslocado por não pertencer a turma e constrangido em virtude do fato de se sentir “incompetente” por não ter alcançado êxito nos estudos.
Diante dessas colocações, torna-se necessário um novo sentido ao modo de ensinar estes estudantes, já que o processo de aprendizagem se caracteriza como formação do sujeito, não sendo apenas um acúmulo de informações. Os conteúdos e procedimentos didáticos, bom como à relação professor aluno deve estar relacionado com o cotidiano e com a realidade do discente, pois apenas desta forma o ensino deixa de ser centrado no professor e passa a dar vez ao aluno, tornando-o um indivíduo participativo e atuante em sala de aula.
Um ensino que visa desenvolver um sentimento comunitário e a formação de cidadãos cientes de seus direitos e também de suas obrigações para com a sociedade, tornando-se assim, uma maneira interessante para resolver problemas como a da repetência, uma vez que o aluno repetente passe a ser sujeito, centro do processo e ponto de partida do trabalho escolar dando uma maior relevância aos estudos, se integrando com seus colegas, com o professor e com a escola. Aprender é uma atividade de descoberta, uma auto-aprendizagem, sendo o ambiente apenas o meio estimulador.
Daí a iniciativa da Escola Estadual Celina Pinho em adentrar cada vez mais no universo do estudante, procurando os meios necessários para trazê-los para a escola e tentando tornar esta mais interessante e estimulante. Somente assim, será possível resgatar o estudante de um mundo onde os valores não são mais apreendidos pela família, cada vez mais desestruturada, sendo que este se trata de um tema que traz a seu reboque conseqüências inviabilizadoras do processo educativo. Em vista disso sua relevância está em poder vislumbrar na estância social, técnica e cientifica resultados que possibilitem o entrosamento entre família e escola em busca de uma melhoria na formação do educando, bem como a inserção do espaço social em que vive. Socialmente, a relevância consiste em tornar a escola um espaço coletivo onde o educando possa apreender a perceber-se como sujeito e por outro lado, contribui este estudo também para o exercício de nossa prática profissional, auxiliado pelas leituras ao longo do curso. Além disto, este projeto contribuirá enquanto reconstrução de conhecimento, como ferramenta de suporte para futuros estudos da área de educação.
REVISÃO TEÓRICA METODOLÓGICA
As instituições de ensino públicas, tanto superiores como secundaristas, são estimuladas a construir seu próprio currículo visando a melhor forma de abarcar a realidade da comunidade na qual sua clientela faz parte. Mas partindo da premissa de que todo conhecimento é fruto da absorção e reinterpretação de experiências anteriores, este projeto foi construído a partir das experiências bem sucedidas de outras escolas, mas tendo por base as orientações da Secretaria de Educação, do qual tomamos conhecimento do projeto de Ressignificação da Aprendizagem, vislumbrando um fazer diferente; em seguida nos reunimos e após inúmeras discussões, o projeto foi montado tendo como contribuição fundamental as idéias e sugestões dos professores envolvidos.
Em seu trabalho intitulado “Organização de Tempos e Espaços” Maria A. Mansutti faz uma analise da realidade educacional de jovens na faixa de 15 a 17 anos que vivem na periferia das grandes cidades. Em seu texto a autora relata a experiência de diversas instituições de ensino, segundo ela: “embora tímidas, já existem no país experiências desenvolvidas por escolas e por instituições sócio educativas, que estão avançando no sentido de criar novas rotinas, ritmos, organização de tempos e espaços”.
Mansutti destaca as experiências voltadas para o bairro-escola, como as praticadas pela Cidade-Escola Aprendiz em São Paulo, a Educação Integral no Município de Nova Iguaçu, na baixada fluminense, a Escola Integrada em Belo Horizonte. O objetivo do bairro-educador é integrar diversos potenciais educativos de uma comunidade, seus espaços, pessoas, instituições e iniciativas em uma rede que busca garantir condições para o desenvolvimento integral do território e dos sujeitos.
Experiências que viabilizam a produção de mídias por jovens adolescentes como a Escola de Vídeos, TVs de Ruas e TVs Comunitárias, desenvolvidas em escolas públicas de Recife e Olinda. Jovem urbano, desenvolvido pelo Cenpec, oferece formação para grupos de jovens, em parcerias com ONGs locais. Seu objetivo é o de ampliar o repertorio sócio cultural de jovens moradores de regiões metropolitanas e em situações de vulnerabilidade, de maneira a contribuir para processos de produção e atuação juvenil na sociedade e incentivar a freqüência ou a reintegração dos participantes na escola, a fim de que eles possam completar o Ensino Fundamental e Médio. Os cenários da formação são a Cidade, a Cultura e a Tecnologia, Privilegiando a interferência desses aspectos na vida cotidiana dos jovens participantes.
Outra proposta interessante é do Centro Educacional João Durval Carneiro, localizado em Guananbi-Ba que, a partir da necessidade de encontrar alternativas para enfrentar os problemas de evasão e repetência escolar, é que o Colégio adotou o Regime de Progressão Parcial para os alunos do Ensino Médio, amparado pela LDB 9394/96 que dar autonomia para a escola se organizar e estabelecer meios que resultem em ações eficazes para o sistema de ensino. Conforme a referida Lei:
Nos estabelecimentos que adotam progressão regular , por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino
O regime de Progressão Parcial de estudos constitui-se na possibilidade do aluno cursar apenas os componentes curriculares, objeto de reprovação (até 03 disciplinas), sem prejuízo dos componentes em que foi promovido. Considera-se as Progressão Parcial inovadora por que busca a promoção do aluno, valorizando toda a aprendizagem adquirida durante o ano letivo anterior, o que conseqüentemente traz satisfação ao aluno, à escola e à família.
Sendo assim, partindo das propostas e experiências educacionais de instituições de ensino, como as quais foram citadas anteriormente, a Escola Estadual Celina Pinho esta reestruturando o seu currículo escolar. A Manutenção das disciplinas escolares no currículo devia-se a sua articulação com os grandes objetivos da sociedade. Até a década de 70 os currículos escolares tinham por função, a formação deliberada de cidadãos pelo ensino secundário, o desenvolvimento do espírito patriótico ou nacionalista, entre outras questões, determinando assim os conteúdos de ensino e as orientações estruturais mais amplas da escola.
“As transformações substantivas de uma disciplina escolar ocorrem quando suas finalidades mudam. As finalidades mudam para atender a um publico escolar diferenciado e como reportar às suas necessidades sociais e culturais.” 7
Antigamente a educação consistiu num processo de continuidade que, iniciado no interior do núcleo familiar prosseguia nas atividades desempenhadas pelo grupo social, conforme as potencialidades físicas e intelectuais das crianças fossem se desenvolvendo. Hoje, com a desestruturação familiar, a base da educação da criança vem se desarticulando, fazendo com que os jovens percam as referências de formação de seu caráter.
Atualmente, estamos vivendo na sociedade da informação/conhecimento, na era das máquinas inteligentes. Como pilares básicos dessa sociedade encontram-se a tecnologia da informação, a transferência das operações intelectuais para as máquinas. Nesse contexto, os computadores acabam por alterar a paisagem do nosso ambiente social e intelectual. Eles também estão produzindo modificações nas teorias de aprendizagem e, portanto, no ensino.
Sociedade do conhecimento é um conceito que já nos habituamos a utilizar para definir o conjunto de transformações que estão afetando o planeta, na empresa, na universidade, nas relações sociais. De certa maneira, passamos da antiga sociedade agrária, em que o eixo norteador era a agricultura, para uma sociedade industrial, em que o eixo passou a ser a fábrica e, agora, estamos evoluindo para uma sociedade onde a informação e os conhecimentos se tornaram elementos estruturais mais significativos.8
Entendermos a sociedade na qual nos encontramos é um passo fundamental a darmos na busca pela melhoria da educação, assim como é imprescindível uma analise do ambiente escolar. (...) DAYRELL.
Assim, passam a convergir, na sala de aula, dinâmicas diversificadas, que apresentam novos desafios pedagógicos com o objetivo de ajudar o aluno a organizar um universo muito mais intensivo em conhecimentos desarticulados. A própria tarefa pedagógica, na sala de aula, desloca-se de uma função de transmissão de informação para uma função em que o professor passa a ordenar uma sobrecarga de informações dispersas.
OBJETIVO GERAL:
Promover a Progressão Parcial dos alunos de 5ª a 8ª serie do Ensino Fundamental da Escola Celina Pinho, contemplando o projeto de ressignificação, a fim de recuperar conhecimentos específicos das disciplinas do currículo escolar;promover com todos os atores envolvidos no processo de construção da ressignificação da dependência o repensar da conjuntura que norteiam a aprendizagem bem como refletir sobre os fatores que são indispensáveis a formação dos alunos enquanto cidadãos ativos ,compreendendo também as possibilidades de releitura do processo e avaliação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Reduzir os índices de reprovação e evasão;
- Promover uma efetiva interação efetiva interação cognitiva com disciplinas da mesma área de conhecimento da qual tem dificuldade, proporcionando ao aluno uma visão mais ampla da realidade;
- Atender à crescente necessidade de novas formas de aprendizagem como projetos sociais, recuperação paralela e reclassificação (avaliação diagnóstica para os educandos em situações de distorções de idade-série), elevando a sua auto-estima e o seu interesse pelo estudo;
- Incorporar a Pedagogia de Projetos ao desenvolvimento do currículo tendo apoio e participação dos educandos;
- Possibilitar que os educandos desenvolvam habilidades e atitudes necessárias à sua inclusão na sociedade, enquanto cidadãos competentes e conscientes de seus direitos e deveres.
2.2 - Carga horária
2.2.1. Do aluno
O aluno deverá participar de encontros quinzenais com o professor; estes encontros acontecerão durante uma tarde, perfazendo um total de carga horária semanal por área do conhecimento de 05 h/a presencial, ao total de 13 encontros ele terá uma carga horária total de 65 h/a com o professor e mais 130 h/a semi-presenciais, perfazendo um total geral de 195 h/a.
2.2.2. Do professor
O professor terá uma carga horária de 12 h/a, sendo numa quinzena 5 h/a em sala de aula com as oficinas e 07 h/a com acompanhamento do aluno e planejamento de atividades. No período em que o professor não estiver realizando as oficinas, estará encontrando-se com o grupo de professores e coordenação do projeto durante 07 h/a para discussão e avaliação do trabalho realizado, do aluno, do encontro, etc e mais 05 h/a na escola: pesquisando novas sugestões de atividades, novos textos, atualizando seus conhecimentos, preparando suas atividades, etc.
Programa
- Aulas de reforço: os alunos, além de terem aulas nas salas comuns, estão sendo trabalhados/ estimulados nos laboratórios de informática com softwares pré-selecionados que atinjam os conteúdos e objetivos das áreas do conhecimento de Língua Portuguesa e Matemática.
- Plano de Atividades (PA): o Plano de Atividades consiste em uma coletânea de atividades selecionadas e organizadas, contendo conteúdos programáticos, indicação de livros didáticos e paradidáticos, vídeos, sites, jogos, desafios, textos poéticos, literários e jornalísticos (atuais) e exercícios contextualizados e integrados às diferentes áreas do conhecimento. Essa coletânea é fornecida a cada professor para subsidiá-lo na pesquisa e organização de seu plano de aula.
- ATENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA: Durante a execução do projeto contaremos com uma profissional da área de Psicopedagogia com a finalidade de acompanhar e orientar os alunos inscritos e os seus pais no projeto de ressignificação para que possam ter total apoio no que tange os distúrbios de aprendizagem dentre outras questões pertinentes a área.
-ATENÇÃO PSICOLÓGICA: O projeto também contempla atenção psicológica nas situações em que sejam pertinentes. Serão feitas atividades de escuta, dinâmicas de grupos, além de formação de grupos temáticos e arte terapia a fim de subsidiar aspectos que apontem desequilíbrio que comprometam as condições comportamentais do ensino-aprendizagem dentre outras situações de disfuncionalidade.
- Projeto Transdisciplinar “Celina Em Cena”: Oportunizar ao educando a possibilidade de conhecer e dominar as estratégias de leitura e produção textual, bem como aprender a arte de interpretação textual, de forma interdisciplinar e lúdica. Com o tema “RESGATANDO O PRAZER PELA LEITURA” através de ações cooperativas e empreendedoras além de incentivar a inserção de estratégias de leitura e produção textual de forma transdisciplinar.
- Intercâmbio intercultural: os alunos desenvolverão um projeto de intercâmbio a África. Eles irão aprender novas culturas, hábitos, costumes, valorização da língua materna, troca de experiências, de vivências. Irão aprender também, a imprimir, acessar a internet em busca de texto e imagens complementares a seu trabalho e digitar no Word, usufruindo dos recursos disponíveis dessa ferramenta. Nesse trabalho, contempla-se o trabalho individual, coletivo, a integração das áreas do conhecimento de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.
- História Criada: os alunos de todas as séries escrevem um livro. O projeto, que iniciará nas aulas de Literatura, consistirá em escrever a história fantástica, baseada em um paradidatico. Após a elaboração do texto, a história será digitada nas aulas de informática (Word) com todo o assessoramento e mediação do professor-regente e do professor de laboratório. Em seguida, os alunos enviam via internet para o professor de Português para ser corrigido o arquivo. Todo o projeto será filmado, haverá entrevistas com os alunos e professores engajados nesse projeto.
Para encerrar o projeto, um programa de uma tarde de autógrafos, contando com a presença de todos os pais dos alunos envolvidos. A professora de Artes e seus alunos. Dramatizaram um trecho da história.
- Aulas de Artes Visuais: Todas as séries com o Projeto: “REVELE SEU TALENTO PINTANDO COM ARTE”, que visa desenvolver a aprendizagem dos três eixos norteadores de artes visuais dos parâmetros curriculares nacionais: a produção, a fruição e a reflexão.
- Rádio – A Escola Celina Pinho assumiu, este ano, uma rádio. Por meio dessa prestação de serviço/produto, o professor usufrui de vídeos (pré-filmados) elaborados pelos alunos da escola, locutor, gravação de trechos de filmes ou programas para serem aproveitados em sala etc.
- Página Virtual: alunos, pais ou responsáveis poderão acessar a página virtual (Blog), assuntos referente as aulas durante a semana.
- Projeto Interdisciplinar: O projeto “DA ESCOLA PARA O MUSEU” busca a democratização do bem cultural, estabelecendo oportunidades para que a escola, alunos e professores possam trabalhar as questões da interdisciplinaridade no cotidiano pedagógico nas disciplinas de : Artes, Português, História, Geografia, Matemática, Inglês, Ciências e Educação Física.
- Projeto “Ressignificando a Vida” com o lema – As brincadeiras de ontem. O projeto visa resgatar conhecimentos importantes, onde os alunos possam expressar-se através de suas habilidades, descobrindo suas competências e desenvolvendo o raciocínio lógico-matemático, lingüístico e lúdico-corpóreo.
─ Recursos Materiais:
- DVD, Data Show, TV, Aparelho de Som.
- Micro computadores para desenvolvimento de trabalhos e/ou atividades, pesquisas.
- Material didático como câmeras fotográficas, filmadoras.
- Telas nas dimensões de 30X40 cm( o mínimo)
- Tintas acrílicas em diversas tonalidades;
- Pincéis chatos do cabo amarelo nºs 8, 14, 18 e 20;
- Papel ofício, metro, cartão, cola, tesouras, lápis preto nº 2.
- Sucos e água para consumo dos alunos.
AVALIAÇÃO
Em nosso cotidiano estamos constantemente avaliando e sendo avaliados por aqueles que conosco estabelecem processos de interação, mesmo que muitas vezes não percebemos conscientemente. Há, entretanto, um espaço onde essa avaliação determina muitas vezes o destino dos sujeitos: a escola. A avaliação escolar é explicitada através das notas que os alunos conseguem obter, porém, a forma pela qual essa avaliação é apresentada pelos professores, freqüentemente vem provocando sérios prejuízos que a ela são submetidos.
Neste Projeto, assumiremos a concepção de avaliação formativa. A prática avaliativa, que ocorre na maioria das instituições, dá maior ênfase aos aspectos quantitativos. Avaliar qualitativamente significa valer-se, não apenas de dados quantificáveis, mas para utilizar estes dados dentro de um quadro mais amplo, onde o envolvimento e comprometimento do professor são fundamentais. Através da prática, educando e educador, são colocados frente às suas expectativas. Neste tipo de avaliação o educador deixa de ser o coletor de dados quantificáveis para se tornar investigador da aprendizagem do aluno, da forma pela qual estão aprendendo e do que fazer para melhorá-la, interpretando os fatos dentro de um quadro de valores que fundamentam sua postura.
Com base nesta perspectiva de avaliação inovadora, que não observa apenas os aspectos quantitativos, mas, sobretudo os qualitativos (visa avaliar o aluno como um todo e não apenas verificando a aprendizagem do conteúdo) que se baseia e se fundamenta o nosso Projeto.
A partir dessas considerações e apesar de nossas angústias é que decidimos ousar, também na avaliação da aprendizagem. Sabemos que as práticas avaliativas tradicionais persistirão e serão bem vindas desde que melhoradas e acrescidas de outras, adequadas ao Projeto e as condições de aprendizagem de nossos alunos.
Os professores que trabalharão para o Projeto acompanharão a aprendizagem de seus alunos constantemente, dentro e fora da sala de aula (conforme estruturação de sua carga horária), observando-o, orientando-o na sua vivência escolar e diagnosticando possíveis problemas.
A avaliação dos nossos alunos será coletiva, isto é, todos os professores envolvidos no projeto estarão se reunindo em datas e horários predeterminados para discutirem suas práticas avaliativas na sala de aula, se interando sobre o desempenho dos alunos, suas dificuldades de aprendizagem, relacionamentos e possíveis alternativas de solução para o problema. Esses encontros, bem como os encontros para discutir conteúdos, metodologias, planos de aula, etc, deverão sempre que possível com a presença de coordenadora do projeto e uma das diretoras para orientar, viabilizar as discussões e as questões práticas e administrativas.
Serão atribuídos conceitos – REGULAR, BOM, ÓTIMO, EXCELENTE – avaliações e, conforme exigência legal, transformados em quantitativos de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) pontos para que sejam adicionados ao Diário de Notas e, consequentemente, computados na vida escolar do aluno, conforme discriminação a seguir:
O conceito REGULAR corresponderá à nota até 4,0 (quatro) pontos; o conceito BOM corresponderá à nota de 5,0 (cinco) a 6,0 (seis) pontos; o conceito ÓTIMO corresponderá à nota de 7,0 (sete) a 8,0 (oito) pontos; e o conceito EXCELENTE corresponderá à nota de 9,0 (nove) a 10,0 (dez) pontos;
Todas as avaliações, aplicadas pelo professor individualmente e as coletivas, corresponderão às médias . Para ser aprovado o aluno deverá obter uma freqüência igual ou superior a 75% das aulas ministradas e média final igual ou superior a 5,0 (cinco) pontos;
O Regimento Escolar d a Escola Celina Pinho no seu ART. 139 :
Art. 139º – O aluno será avaliado no regime de progressão parcial, integralmente nos conteúdos curriculares das disciplinas cursadas sob dependência, quando não demonstrar ter alcançado percentual de mais de 50% dos indicadores de desempenho previstos e trabalhados
Casos que não estão dispostos nestes critérios (quanto à promoção do aluno) serão resolvidos pelo Conselho de Classe desta Instituição de Ensino, conforme Regimento Escolar ;
Art. 145º - Compete ao conselho de Classe:
IV – decidir sobre a promoção de cada aluno que não tenha atingido o mínimo necessário para promoção na forma deste regimento. (Pág. 35).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CELANI, M.A.A. Culturas de aprendizagem: risco, incerteza e educação. In: MAGALHÃES, M. C.C (Org.) A formação do professor como profissional crítico. Campinas, SP. Mercado de Letras, 2004. p.56.
ALVES, Maria Auxiliadora de Carvalho Nunes. Avaliação da Aprendizagem Escolar: concepções que permeiam a prática pedagógica dos professores do ensino fundamental e médio. Teresina, 1998.
ANTUNES, Celso. As Inteligências Múltiplas e Seus Estímulos. Campinas, SP: Papirus, 1998.
FREITAS, L. C. (org.) et alii. Avaliação: construindo o campo e a crítica. Florianópolis.
FREITAS, L. C. A dialética da eliminação no processo seletivo. Educação e Sociedade.
FREITAS, L. C. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas:1990.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Paz e Terra, São Paulo, 1997.
HOFFMANN, Jussara (1996). Avaliação: Mito & Desafio. 12. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
1 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: promulgada em 5 de outubro de 1988 / org. de textos, notas, remissivas e índices por Juarez de Oliveira – São Paulo: Saraiva, 1988, p.125.
2 FIABANI, Adelmir. Mato, Palhoça e Pilão: o quilombo, da escravidão as comunidades remanescentes (1532-2004). São Paulo: Expressão Popular, 2005.
3 COSTA, Emilia Viotti da. Da Senzala à Colônia. São Paulo: Difel, 1966. In: FIABANI, Mato, Palhoça e Pilão, pp.93-94.
4 LARA, Silva Hunold. Campos da Violência: escravos e senhores na capitania do Rio de Janeiro; 1750-1808. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
5 FIABANI, Adelmir. Mato, Palhoça e Pilão: o quilombo, da escravidão as comunidades remanescentes (1532-2004). São Paulo: Expressão Popular, 2005.
6 Art. 30. Compete aos Municípios: VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental; Fonte: CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: promulgada em 5 de outubro de 1988. CAPÍTULO VI DOS MUNICÍPIOS.
7 BITTENCOURT, Circe. Capitalismo e Cidadania nas Atuais Propostas Curriculares de História. In: BITTENCOURT, Circe (org.). O Saber Histórico em Sala de Aula. SP: Contexto, 1997, p.17.
8 DOROCINSKI, Solange Inês. A RESSIGNIFICAÇÃO DAS TECNOLOGIAS EDUCATIVAS. Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.57-65, jul. 2001-jul. 2002.
Edilza Maria de Oliveira Santos
Maria Tereza Rocha Costa
Mércia de Cássia Vieira Reis
Maria Clara Sanches Pepe
ELABORAÇÃO
Alcione Araujo
Cristiano Alves costa
Cristine Conceição Gonçalves Rebouças
Eliene Ataíde da Silva
Enéas Estrela
Evilásio Piedade
Frederico Sento Sé
Gilvandro Cruz Santos
Josenita Cristina Trindade
Márcia Cristina Brito
Maria Suzete Brito dos Santos Baptista
Maurirose Ribeiro dos Santos
Mirian Figueiredo
Nelson Jesus dos santos
Raivane Sales
Valter Carvalho
Sumário
1. INTRODUÇÃO
Contexto Escolar
O Projeto
2. JUSTIFICATIVA
3. REVISÃO TEÓRICO METODOLÓGICA
4. OBJETIVO GERAL
5. OBJETIVO ESPECIFICO
5.2 Do Aluno
5.3 Do Professor
6. PROGRAMA
7. RECURSOS MATERIAIS
8. AVALIAÇÃO
9. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
INTRODUÇÃO
CONTEXTO ESCOLAR
A Escola Estadual Celina Pinho, foi inaugurada em 30 de março de 1974 através da portaria nº 24023. Localizada no Curuzu, maior bairro de população negra desta capital, atende uma clientela de jovens e adolescentes oriundos da comunidade e dos bairros circunvizinhos, em sua grande parte afro-descendentes. Portanto, trazem consigo um histórico de fracasso escolar, baixa-estima, conflito familiar, violência, estigmas sociais e todo tipo de preconceito, fatores que refletem no baixo rendimento na escola e que os excluem do convívio dos bens sociais
O bairro do Curuzu localiza-se no centro da Liberdade, de geografia recortada, a rua abriga edificações de ocupação espontânea e desordenada, com residências construídas sobre lajes. Possui diversos terreiros de candomblé, inúmeras manifestações culturais, quatro entidades carnavalescas, entre elas o Ilê Aiyê. Atualmente o Sebrae, através do Projeto de Desenvolvimento dos Pequenos Empreendimentos Culturais, designa o bairro como Corredor Cultural da Liberdade. O projeto tem como objetivo valorizar e divulgar a diversidade cultural e étnica existentes no bairro, tornando-se um destino turístico cultural que proporcione, através de pequenos negócios, o desenvolvimento sustentável da comunidade local. O Corredor Cultural é um grande estímulo ao empreendedorismo e à geração de oportunidades de negócios para os afros descendentes de Salvador, já que o trabalho informal atinge 60% das atividades na Rua do Curuzu.
A tradição oral da comunidade, conta que o bairro foi constituído a partir de um quilombo instalado na região, daí o caráter predominantemente negro de sua população.
Apesar de predominar no imaginário brasileiro o modelo de quilombo de Palmares, há muito se discute entre o s pesquisadores do tema a pluralidade nas formas e tipos , de quilombos que povoaram o Brasil desde os primórdios da colonização. O bairro do Curuzu, localizado no centro da cidade de Salvador, constituiu-se de um quilombo que difere em muitos aspectos do modelo palmarino, mais que se tornou comum nos grandes centros urbanos e que pode ter surgido tanto antes, quanto no pós-abolição.
Ainda no calor dos debates sobre o período, e como resultado da pressão exercida pelo movimento negro e pela sociedade civil, foi promulgado em 1988 o artigo 68 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias que estabelece: “Aos remanescentes das comunidades dos quilombolas que estejam ocupando suas terras é reconhecida a propriedade definitiva, devendo ao Estado emitir-lhe os títulos respectivos” 1. Apesar de um importante passo dado no caminho para a reparação das injustiças e perseguições que os descendentes de escravos sofreram no pós-abolição, a Lei, exclui uma parcela significativa de comunidades negras, estabelecidas principalmente no meio rural, constituídas antes ou depois da abolição, mas que não tem sua origem necessariamente ligada a um quilombo no sentido clássico do termo.
Dentro dessa perspectiva, houve uma ressignificação do processo de aquilombamento que agora surge não somente como um local onde se escondiam “os negros fujões”, mas sim como um local de resistência à sociedade escravocrata, que mesmo após a abolição continuaria regida por um sistema embasado numa mentalidade escravista.2
Emilia Viotti sugere que os quilombos foram um dos fatores de inquietude das populações livres durante todo o período da escravidão. Segundo a historiadora, reunidos em grupos, os escravos fugidos assaltavam as fazendas e as estradas, pondo em perigos a vidas dos passantes. Autora diz, que as recompensas pela captura de trabalhadores escravos fugidos eram fartas. “As gratificações acompanhavam a alta geral do preço do escravo”, principalmente após o fim do tráfico internacional de trabalhadores escravizados. Viotti deixa transparecer que a repressão à fuga dificultou, no início, a formação de quilombos numerosos. Somente no final do período escravista aconteceram fugas em massa, pois a atuação das sociedades protetoras de escravos, dos clubes abolicionistas e a divulgação das idéias antiescravistas iam tornado difícil [...] a ação dos capitães-do-mato que contavam cada vez menos com a colaboração do povo. 3
As fugas foram uma das principais formas de resistência empreendidas pelos escravos, enquanto a utilização desta mão-de-obra foi vigente no Brasil. Silva Lara comenta que estas angustiaram tanto o escravizador que depois do comercio “a maior preocupação da legislação metropolitana [...] teria sido a questão das fugas. Desde as ordenações até as Leis Extravagantes e Cartas Regias há constante referencias a repressão dos quilombos e [à] proibição de ajuda a escravos fugidos – tema recorrente nas determinações expedidas pelas autoridades coloniais”. 4
Para a historiografia tradicional as fugas tinham como resultado, invariavelmente, o surgimento de um quilombo. Mas como já demonstrado acima, novas interpretações sobre o tema, defendidos por historiadores como João Reis e Flávio dos Santos Gomes, entre outros, trazem a tona novas possibilidades de compreensão sobre a finalidade das fugas, o que culminou em uma revisão historiográfica pondo em cheque o próprio conceito de quilombo, tradicionalmente interpretado dentro da ótica do modelo palmarino.
Em “Mato, Palhoça e Pilão”, Ademir Fiabani, nos conta que novas pesquisas têm levado a antropologia a debater e propor uma ressignificação do conceito de quilombo. Lugares comuns como à idéia de isolamento, a redução do conceito de quilombo a escravos fugidos, assim como uma generalização mecânica do modelo palmarino têm sido desconstruidos, em prol de uma visão mais ampla e múltipla. Tem-se levado em conta à especificidade de cada remanescente estudada, assim como sua identidade, sua auto-representação, sua história e vínculos com elas estabelecidos pelos sujeitos sociais no presente. Tem-se entendido, pois, quilombo como terra de negros, como espaço de resistência, nas diversas formas através das qual essa resistência pode se manifestar. 5
Partindo da compreensão da realidade imposta por uma sociedade desigual e devido ao seu caráter atuante na comunidade, a Escola Celina Pinho, é tida hoje o principal centro fomentador de questionamentos sobre a realidade da comunidade, buscando assim as melhores formas de solucionar os problemas que historicamente assolam o bairro do Curuzu.
Tais problemas são perceptíveis a medida que convivemos e acolhemos a comunidade na nosssa escola, fazendo valer a nossa visão, nossa missão e nossos valores. A medida que, formamos cidadãos críticos e atuantes preparados para o exercício de sua cidadania.
O PROJETO
O presente projeto, expõe a respeito do processo formativo dentro da organização pedagógica em tempos humanos (infância, juventude e a vida adulta), ao mesmo tempo, permite um trabalho educativo focado em questões específicas de cada etapa do desenvolvimento humano, sendo uma forma de organização pedagógica que desloca o foco dos conteúdos para os sujeitos, suas trajetórias e suas vivências contextuais. O principal objetivo deste trabalho é o êxito dos alunos em dificuldade de aprendizagem, também amenizar o problema da defasagem idade-série, a evasão escolar, assim, com tempo ocupado dentro do espaço escolar evite fazer parte do grupo de risco social dentro da comunidade.
Na linguagem da psicologia moderna e da Programação Neurolinguística (PNL) Ressignificação é a habilidade que temos de atribuir um significado positivo, satisfatório para um acontecimento que muito nos incomoda ou prejudica, de tal forma, que após resignificado, passamos a encará-lo com muita tranqüilidade, chegando até mesmo a agradecer a Deus por essas "oportunidades de crescimento". Na prática, ser capaz de ressignificar é aprender a observar que todas as circunstâncias na vida podem ser compreendidas. A idéia não é simplificar situações complexas e sim encarar a complexidade de uma forma mais simples. É assimilar fatos incômodos com equilíbrio emocional e conseqüente serenidade. Não é fácil, mas muito necessário! Desta forma, a educação é construída pelo sujeito da aprendizagem, no cenário escolar prevalecem a ressignificação dos sujeitos, novas coreografias, novas formas de comunicação e a construção de novas habilidades, caracterizando competências e atitudes significativas. Nos bastidores da aprendizagem há a participação, mediação e interatividade, porque há um novo ambiente de aprendizagem, remodelização dos papéis dos atores e co-autores do processo, desarticulação de incertezas e novas formas de interação mediadas pela orientação, condução e facilitação dos caminhos a seguir.
Sendo assim, a educação vista sobre o prisma da aprendizagem, representa a vez da voz, o resgate da vez e a oportunidade de ser levado em consideração. O conhecimento como cooperação, criatividade e critícidade, fomenta a liberdade e a coragem para transformar, sendo que o aprendiz se torna no sujeito ator como protagonista da sua aprendizagem. Aprendizagem é um processo de mudança de comportamento obtido através da experiência construída por fatores emocionais, neurológicos, relacionais e ambientais. Aprender é o resultado da interação entre estruturas mentais e o meio ambiente.
Entendemos que a questão do sucesso ou do fracasso escolar se torna relativa quando o “fracassado” nem sempre tem as piores notas e o “vencedor” não é necessariamente aquele que sempre fica em primeiro lugar, mostrando-nos que a esescola precisa repensar o seu papel na sociedade e que a educação deve passar por uma mudança de métodos, de conteúdos e de filosofia.
Portanto, o “aprender a aprender” projeta o professor como orientador construtivo e participativo. O professor como educador transcende a posição de instrutor e preocupa-se em ampliar caminhos para emancipação dele mesmo e de seus alunos. O mundo moderno exige dos sujeitos uma formação que envolva raciocínio lógico, criatividade, espírito de investigação, diálogo com os autores, construção de textos próprios, capacidade produtiva e vivência de cidadania plena. Implica, ainda, saber pensar e, ao mesmo tempo, a capacidade de dominar e renovar informação e de dividir o que fazer com ela. A proposição é a união entre saber mudar, aprender para transformar, pesquisar para reconstruir, enfim, não se restringir a copiar e decorar.
PÚBLICO ALVO: Alunos das 5ªs à 8ªs Séries dos turnos matutino e vespertino.
JUSTIFICATIVA
Estudar é antes de tudo um investimento, um investimento caro e que toma uma parte significativa da renda familiar independente da classe social que o estudante pertença. Pensando, dentro da lógica capitalista, em todo investimento imagina-se um retorno, que na realidade escolar (ou da educação como um todo), este retorno não é somente financeiro, como emocional e social.
Para as famílias de baixa renda mesmo tendo assegurado o acesso as instituições de ensino público6, o investimento para manter suas crianças nas escolas é muito alto, seja ele na compra de fardamentos, ou na passagem dos ônibus, ou o mais agravante: no entendimento de muitos pais, estas crianças significam mão de obra semi-especializada que estariam deixando de contribuir para a renda familiar, tornando-se um esforço muito grande mantê-las freqüentando as escolas.
Portanto o alto índice de reprovação dos estudantes no sistema publico de ensino, é hoje um dos temas que mais preocupam nossos educadores. A presença do aluno reprovado na sala de aula torna-se causa de angustia não apenas do próprio estudante, como também dos professores que se vêem as voltas de um desconhecido, que não se adapta aos colegas, algumas vezes com grande diferença de idade, se sentindo deslocado por não pertencer a turma e constrangido em virtude do fato de se sentir “incompetente” por não ter alcançado êxito nos estudos.
Diante dessas colocações, torna-se necessário um novo sentido ao modo de ensinar estes estudantes, já que o processo de aprendizagem se caracteriza como formação do sujeito, não sendo apenas um acúmulo de informações. Os conteúdos e procedimentos didáticos, bom como à relação professor aluno deve estar relacionado com o cotidiano e com a realidade do discente, pois apenas desta forma o ensino deixa de ser centrado no professor e passa a dar vez ao aluno, tornando-o um indivíduo participativo e atuante em sala de aula.
Um ensino que visa desenvolver um sentimento comunitário e a formação de cidadãos cientes de seus direitos e também de suas obrigações para com a sociedade, tornando-se assim, uma maneira interessante para resolver problemas como a da repetência, uma vez que o aluno repetente passe a ser sujeito, centro do processo e ponto de partida do trabalho escolar dando uma maior relevância aos estudos, se integrando com seus colegas, com o professor e com a escola. Aprender é uma atividade de descoberta, uma auto-aprendizagem, sendo o ambiente apenas o meio estimulador.
Daí a iniciativa da Escola Estadual Celina Pinho em adentrar cada vez mais no universo do estudante, procurando os meios necessários para trazê-los para a escola e tentando tornar esta mais interessante e estimulante. Somente assim, será possível resgatar o estudante de um mundo onde os valores não são mais apreendidos pela família, cada vez mais desestruturada, sendo que este se trata de um tema que traz a seu reboque conseqüências inviabilizadoras do processo educativo. Em vista disso sua relevância está em poder vislumbrar na estância social, técnica e cientifica resultados que possibilitem o entrosamento entre família e escola em busca de uma melhoria na formação do educando, bem como a inserção do espaço social em que vive. Socialmente, a relevância consiste em tornar a escola um espaço coletivo onde o educando possa apreender a perceber-se como sujeito e por outro lado, contribui este estudo também para o exercício de nossa prática profissional, auxiliado pelas leituras ao longo do curso. Além disto, este projeto contribuirá enquanto reconstrução de conhecimento, como ferramenta de suporte para futuros estudos da área de educação.
REVISÃO TEÓRICA METODOLÓGICA
As instituições de ensino públicas, tanto superiores como secundaristas, são estimuladas a construir seu próprio currículo visando a melhor forma de abarcar a realidade da comunidade na qual sua clientela faz parte. Mas partindo da premissa de que todo conhecimento é fruto da absorção e reinterpretação de experiências anteriores, este projeto foi construído a partir das experiências bem sucedidas de outras escolas, mas tendo por base as orientações da Secretaria de Educação, do qual tomamos conhecimento do projeto de Ressignificação da Aprendizagem, vislumbrando um fazer diferente; em seguida nos reunimos e após inúmeras discussões, o projeto foi montado tendo como contribuição fundamental as idéias e sugestões dos professores envolvidos.
Em seu trabalho intitulado “Organização de Tempos e Espaços” Maria A. Mansutti faz uma analise da realidade educacional de jovens na faixa de 15 a 17 anos que vivem na periferia das grandes cidades. Em seu texto a autora relata a experiência de diversas instituições de ensino, segundo ela: “embora tímidas, já existem no país experiências desenvolvidas por escolas e por instituições sócio educativas, que estão avançando no sentido de criar novas rotinas, ritmos, organização de tempos e espaços”.
Mansutti destaca as experiências voltadas para o bairro-escola, como as praticadas pela Cidade-Escola Aprendiz em São Paulo, a Educação Integral no Município de Nova Iguaçu, na baixada fluminense, a Escola Integrada em Belo Horizonte. O objetivo do bairro-educador é integrar diversos potenciais educativos de uma comunidade, seus espaços, pessoas, instituições e iniciativas em uma rede que busca garantir condições para o desenvolvimento integral do território e dos sujeitos.
Experiências que viabilizam a produção de mídias por jovens adolescentes como a Escola de Vídeos, TVs de Ruas e TVs Comunitárias, desenvolvidas em escolas públicas de Recife e Olinda. Jovem urbano, desenvolvido pelo Cenpec, oferece formação para grupos de jovens, em parcerias com ONGs locais. Seu objetivo é o de ampliar o repertorio sócio cultural de jovens moradores de regiões metropolitanas e em situações de vulnerabilidade, de maneira a contribuir para processos de produção e atuação juvenil na sociedade e incentivar a freqüência ou a reintegração dos participantes na escola, a fim de que eles possam completar o Ensino Fundamental e Médio. Os cenários da formação são a Cidade, a Cultura e a Tecnologia, Privilegiando a interferência desses aspectos na vida cotidiana dos jovens participantes.
Outra proposta interessante é do Centro Educacional João Durval Carneiro, localizado em Guananbi-Ba que, a partir da necessidade de encontrar alternativas para enfrentar os problemas de evasão e repetência escolar, é que o Colégio adotou o Regime de Progressão Parcial para os alunos do Ensino Médio, amparado pela LDB 9394/96 que dar autonomia para a escola se organizar e estabelecer meios que resultem em ações eficazes para o sistema de ensino. Conforme a referida Lei:
Nos estabelecimentos que adotam progressão regular , por série, o regimento escolar pode admitir formas de progressão parcial, desde que preservada a seqüência do currículo, observadas as normas do respectivo sistema de ensino
O regime de Progressão Parcial de estudos constitui-se na possibilidade do aluno cursar apenas os componentes curriculares, objeto de reprovação (até 03 disciplinas), sem prejuízo dos componentes em que foi promovido. Considera-se as Progressão Parcial inovadora por que busca a promoção do aluno, valorizando toda a aprendizagem adquirida durante o ano letivo anterior, o que conseqüentemente traz satisfação ao aluno, à escola e à família.
Sendo assim, partindo das propostas e experiências educacionais de instituições de ensino, como as quais foram citadas anteriormente, a Escola Estadual Celina Pinho esta reestruturando o seu currículo escolar. A Manutenção das disciplinas escolares no currículo devia-se a sua articulação com os grandes objetivos da sociedade. Até a década de 70 os currículos escolares tinham por função, a formação deliberada de cidadãos pelo ensino secundário, o desenvolvimento do espírito patriótico ou nacionalista, entre outras questões, determinando assim os conteúdos de ensino e as orientações estruturais mais amplas da escola.
“As transformações substantivas de uma disciplina escolar ocorrem quando suas finalidades mudam. As finalidades mudam para atender a um publico escolar diferenciado e como reportar às suas necessidades sociais e culturais.” 7
Antigamente a educação consistiu num processo de continuidade que, iniciado no interior do núcleo familiar prosseguia nas atividades desempenhadas pelo grupo social, conforme as potencialidades físicas e intelectuais das crianças fossem se desenvolvendo. Hoje, com a desestruturação familiar, a base da educação da criança vem se desarticulando, fazendo com que os jovens percam as referências de formação de seu caráter.
Atualmente, estamos vivendo na sociedade da informação/conhecimento, na era das máquinas inteligentes. Como pilares básicos dessa sociedade encontram-se a tecnologia da informação, a transferência das operações intelectuais para as máquinas. Nesse contexto, os computadores acabam por alterar a paisagem do nosso ambiente social e intelectual. Eles também estão produzindo modificações nas teorias de aprendizagem e, portanto, no ensino.
Sociedade do conhecimento é um conceito que já nos habituamos a utilizar para definir o conjunto de transformações que estão afetando o planeta, na empresa, na universidade, nas relações sociais. De certa maneira, passamos da antiga sociedade agrária, em que o eixo norteador era a agricultura, para uma sociedade industrial, em que o eixo passou a ser a fábrica e, agora, estamos evoluindo para uma sociedade onde a informação e os conhecimentos se tornaram elementos estruturais mais significativos.8
Entendermos a sociedade na qual nos encontramos é um passo fundamental a darmos na busca pela melhoria da educação, assim como é imprescindível uma analise do ambiente escolar. (...) DAYRELL.
Assim, passam a convergir, na sala de aula, dinâmicas diversificadas, que apresentam novos desafios pedagógicos com o objetivo de ajudar o aluno a organizar um universo muito mais intensivo em conhecimentos desarticulados. A própria tarefa pedagógica, na sala de aula, desloca-se de uma função de transmissão de informação para uma função em que o professor passa a ordenar uma sobrecarga de informações dispersas.
OBJETIVO GERAL:
Promover a Progressão Parcial dos alunos de 5ª a 8ª serie do Ensino Fundamental da Escola Celina Pinho, contemplando o projeto de ressignificação, a fim de recuperar conhecimentos específicos das disciplinas do currículo escolar;promover com todos os atores envolvidos no processo de construção da ressignificação da dependência o repensar da conjuntura que norteiam a aprendizagem bem como refletir sobre os fatores que são indispensáveis a formação dos alunos enquanto cidadãos ativos ,compreendendo também as possibilidades de releitura do processo e avaliação.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
- Reduzir os índices de reprovação e evasão;
- Promover uma efetiva interação efetiva interação cognitiva com disciplinas da mesma área de conhecimento da qual tem dificuldade, proporcionando ao aluno uma visão mais ampla da realidade;
- Atender à crescente necessidade de novas formas de aprendizagem como projetos sociais, recuperação paralela e reclassificação (avaliação diagnóstica para os educandos em situações de distorções de idade-série), elevando a sua auto-estima e o seu interesse pelo estudo;
- Incorporar a Pedagogia de Projetos ao desenvolvimento do currículo tendo apoio e participação dos educandos;
- Possibilitar que os educandos desenvolvam habilidades e atitudes necessárias à sua inclusão na sociedade, enquanto cidadãos competentes e conscientes de seus direitos e deveres.
2.2 - Carga horária
2.2.1. Do aluno
O aluno deverá participar de encontros quinzenais com o professor; estes encontros acontecerão durante uma tarde, perfazendo um total de carga horária semanal por área do conhecimento de 05 h/a presencial, ao total de 13 encontros ele terá uma carga horária total de 65 h/a com o professor e mais 130 h/a semi-presenciais, perfazendo um total geral de 195 h/a.
2.2.2. Do professor
O professor terá uma carga horária de 12 h/a, sendo numa quinzena 5 h/a em sala de aula com as oficinas e 07 h/a com acompanhamento do aluno e planejamento de atividades. No período em que o professor não estiver realizando as oficinas, estará encontrando-se com o grupo de professores e coordenação do projeto durante 07 h/a para discussão e avaliação do trabalho realizado, do aluno, do encontro, etc e mais 05 h/a na escola: pesquisando novas sugestões de atividades, novos textos, atualizando seus conhecimentos, preparando suas atividades, etc.
Programa
- Aulas de reforço: os alunos, além de terem aulas nas salas comuns, estão sendo trabalhados/ estimulados nos laboratórios de informática com softwares pré-selecionados que atinjam os conteúdos e objetivos das áreas do conhecimento de Língua Portuguesa e Matemática.
- Plano de Atividades (PA): o Plano de Atividades consiste em uma coletânea de atividades selecionadas e organizadas, contendo conteúdos programáticos, indicação de livros didáticos e paradidáticos, vídeos, sites, jogos, desafios, textos poéticos, literários e jornalísticos (atuais) e exercícios contextualizados e integrados às diferentes áreas do conhecimento. Essa coletânea é fornecida a cada professor para subsidiá-lo na pesquisa e organização de seu plano de aula.
- ATENÇÃO PSICOPEDAGÓGICA: Durante a execução do projeto contaremos com uma profissional da área de Psicopedagogia com a finalidade de acompanhar e orientar os alunos inscritos e os seus pais no projeto de ressignificação para que possam ter total apoio no que tange os distúrbios de aprendizagem dentre outras questões pertinentes a área.
-ATENÇÃO PSICOLÓGICA: O projeto também contempla atenção psicológica nas situações em que sejam pertinentes. Serão feitas atividades de escuta, dinâmicas de grupos, além de formação de grupos temáticos e arte terapia a fim de subsidiar aspectos que apontem desequilíbrio que comprometam as condições comportamentais do ensino-aprendizagem dentre outras situações de disfuncionalidade.
- Projeto Transdisciplinar “Celina Em Cena”: Oportunizar ao educando a possibilidade de conhecer e dominar as estratégias de leitura e produção textual, bem como aprender a arte de interpretação textual, de forma interdisciplinar e lúdica. Com o tema “RESGATANDO O PRAZER PELA LEITURA” através de ações cooperativas e empreendedoras além de incentivar a inserção de estratégias de leitura e produção textual de forma transdisciplinar.
- Intercâmbio intercultural: os alunos desenvolverão um projeto de intercâmbio a África. Eles irão aprender novas culturas, hábitos, costumes, valorização da língua materna, troca de experiências, de vivências. Irão aprender também, a imprimir, acessar a internet em busca de texto e imagens complementares a seu trabalho e digitar no Word, usufruindo dos recursos disponíveis dessa ferramenta. Nesse trabalho, contempla-se o trabalho individual, coletivo, a integração das áreas do conhecimento de Língua Portuguesa, Matemática, História, Geografia e Ciências.
- História Criada: os alunos de todas as séries escrevem um livro. O projeto, que iniciará nas aulas de Literatura, consistirá em escrever a história fantástica, baseada em um paradidatico. Após a elaboração do texto, a história será digitada nas aulas de informática (Word) com todo o assessoramento e mediação do professor-regente e do professor de laboratório. Em seguida, os alunos enviam via internet para o professor de Português para ser corrigido o arquivo. Todo o projeto será filmado, haverá entrevistas com os alunos e professores engajados nesse projeto.
Para encerrar o projeto, um programa de uma tarde de autógrafos, contando com a presença de todos os pais dos alunos envolvidos. A professora de Artes e seus alunos. Dramatizaram um trecho da história.
- Aulas de Artes Visuais: Todas as séries com o Projeto: “REVELE SEU TALENTO PINTANDO COM ARTE”, que visa desenvolver a aprendizagem dos três eixos norteadores de artes visuais dos parâmetros curriculares nacionais: a produção, a fruição e a reflexão.
- Rádio – A Escola Celina Pinho assumiu, este ano, uma rádio. Por meio dessa prestação de serviço/produto, o professor usufrui de vídeos (pré-filmados) elaborados pelos alunos da escola, locutor, gravação de trechos de filmes ou programas para serem aproveitados em sala etc.
- Página Virtual: alunos, pais ou responsáveis poderão acessar a página virtual (Blog), assuntos referente as aulas durante a semana.
- Projeto Interdisciplinar: O projeto “DA ESCOLA PARA O MUSEU” busca a democratização do bem cultural, estabelecendo oportunidades para que a escola, alunos e professores possam trabalhar as questões da interdisciplinaridade no cotidiano pedagógico nas disciplinas de : Artes, Português, História, Geografia, Matemática, Inglês, Ciências e Educação Física.
- Projeto “Ressignificando a Vida” com o lema – As brincadeiras de ontem. O projeto visa resgatar conhecimentos importantes, onde os alunos possam expressar-se através de suas habilidades, descobrindo suas competências e desenvolvendo o raciocínio lógico-matemático, lingüístico e lúdico-corpóreo.
─ Recursos Materiais:
- DVD, Data Show, TV, Aparelho de Som.
- Micro computadores para desenvolvimento de trabalhos e/ou atividades, pesquisas.
- Material didático como câmeras fotográficas, filmadoras.
- Telas nas dimensões de 30X40 cm( o mínimo)
- Tintas acrílicas em diversas tonalidades;
- Pincéis chatos do cabo amarelo nºs 8, 14, 18 e 20;
- Papel ofício, metro, cartão, cola, tesouras, lápis preto nº 2.
- Sucos e água para consumo dos alunos.
AVALIAÇÃO
Em nosso cotidiano estamos constantemente avaliando e sendo avaliados por aqueles que conosco estabelecem processos de interação, mesmo que muitas vezes não percebemos conscientemente. Há, entretanto, um espaço onde essa avaliação determina muitas vezes o destino dos sujeitos: a escola. A avaliação escolar é explicitada através das notas que os alunos conseguem obter, porém, a forma pela qual essa avaliação é apresentada pelos professores, freqüentemente vem provocando sérios prejuízos que a ela são submetidos.
Neste Projeto, assumiremos a concepção de avaliação formativa. A prática avaliativa, que ocorre na maioria das instituições, dá maior ênfase aos aspectos quantitativos. Avaliar qualitativamente significa valer-se, não apenas de dados quantificáveis, mas para utilizar estes dados dentro de um quadro mais amplo, onde o envolvimento e comprometimento do professor são fundamentais. Através da prática, educando e educador, são colocados frente às suas expectativas. Neste tipo de avaliação o educador deixa de ser o coletor de dados quantificáveis para se tornar investigador da aprendizagem do aluno, da forma pela qual estão aprendendo e do que fazer para melhorá-la, interpretando os fatos dentro de um quadro de valores que fundamentam sua postura.
Com base nesta perspectiva de avaliação inovadora, que não observa apenas os aspectos quantitativos, mas, sobretudo os qualitativos (visa avaliar o aluno como um todo e não apenas verificando a aprendizagem do conteúdo) que se baseia e se fundamenta o nosso Projeto.
A partir dessas considerações e apesar de nossas angústias é que decidimos ousar, também na avaliação da aprendizagem. Sabemos que as práticas avaliativas tradicionais persistirão e serão bem vindas desde que melhoradas e acrescidas de outras, adequadas ao Projeto e as condições de aprendizagem de nossos alunos.
Os professores que trabalharão para o Projeto acompanharão a aprendizagem de seus alunos constantemente, dentro e fora da sala de aula (conforme estruturação de sua carga horária), observando-o, orientando-o na sua vivência escolar e diagnosticando possíveis problemas.
A avaliação dos nossos alunos será coletiva, isto é, todos os professores envolvidos no projeto estarão se reunindo em datas e horários predeterminados para discutirem suas práticas avaliativas na sala de aula, se interando sobre o desempenho dos alunos, suas dificuldades de aprendizagem, relacionamentos e possíveis alternativas de solução para o problema. Esses encontros, bem como os encontros para discutir conteúdos, metodologias, planos de aula, etc, deverão sempre que possível com a presença de coordenadora do projeto e uma das diretoras para orientar, viabilizar as discussões e as questões práticas e administrativas.
Serão atribuídos conceitos – REGULAR, BOM, ÓTIMO, EXCELENTE – avaliações e, conforme exigência legal, transformados em quantitativos de 0,0 (zero) a 10,0 (dez) pontos para que sejam adicionados ao Diário de Notas e, consequentemente, computados na vida escolar do aluno, conforme discriminação a seguir:
O conceito REGULAR corresponderá à nota até 4,0 (quatro) pontos; o conceito BOM corresponderá à nota de 5,0 (cinco) a 6,0 (seis) pontos; o conceito ÓTIMO corresponderá à nota de 7,0 (sete) a 8,0 (oito) pontos; e o conceito EXCELENTE corresponderá à nota de 9,0 (nove) a 10,0 (dez) pontos;
Todas as avaliações, aplicadas pelo professor individualmente e as coletivas, corresponderão às médias . Para ser aprovado o aluno deverá obter uma freqüência igual ou superior a 75% das aulas ministradas e média final igual ou superior a 5,0 (cinco) pontos;
O Regimento Escolar d a Escola Celina Pinho no seu ART. 139 :
Art. 139º – O aluno será avaliado no regime de progressão parcial, integralmente nos conteúdos curriculares das disciplinas cursadas sob dependência, quando não demonstrar ter alcançado percentual de mais de 50% dos indicadores de desempenho previstos e trabalhados
Casos que não estão dispostos nestes critérios (quanto à promoção do aluno) serão resolvidos pelo Conselho de Classe desta Instituição de Ensino, conforme Regimento Escolar ;
Art. 145º - Compete ao conselho de Classe:
IV – decidir sobre a promoção de cada aluno que não tenha atingido o mínimo necessário para promoção na forma deste regimento. (Pág. 35).
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS:
CELANI, M.A.A. Culturas de aprendizagem: risco, incerteza e educação. In: MAGALHÃES, M. C.C (Org.) A formação do professor como profissional crítico. Campinas, SP. Mercado de Letras, 2004. p.56.
ALVES, Maria Auxiliadora de Carvalho Nunes. Avaliação da Aprendizagem Escolar: concepções que permeiam a prática pedagógica dos professores do ensino fundamental e médio. Teresina, 1998.
ANTUNES, Celso. As Inteligências Múltiplas e Seus Estímulos. Campinas, SP: Papirus, 1998.
FREITAS, L. C. (org.) et alii. Avaliação: construindo o campo e a crítica. Florianópolis.
FREITAS, L. C. A dialética da eliminação no processo seletivo. Educação e Sociedade.
FREITAS, L. C. Crítica da organização do trabalho pedagógico e da didática. Campinas:1990.
FREIRE, P. Pedagogia da autonomia. Paz e Terra, São Paulo, 1997.
HOFFMANN, Jussara (1996). Avaliação: Mito & Desafio. 12. ed. Rio de Janeiro: Paz e Terra.
1 CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: promulgada em 5 de outubro de 1988 / org. de textos, notas, remissivas e índices por Juarez de Oliveira – São Paulo: Saraiva, 1988, p.125.
2 FIABANI, Adelmir. Mato, Palhoça e Pilão: o quilombo, da escravidão as comunidades remanescentes (1532-2004). São Paulo: Expressão Popular, 2005.
3 COSTA, Emilia Viotti da. Da Senzala à Colônia. São Paulo: Difel, 1966. In: FIABANI, Mato, Palhoça e Pilão, pp.93-94.
4 LARA, Silva Hunold. Campos da Violência: escravos e senhores na capitania do Rio de Janeiro; 1750-1808. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1988.
5 FIABANI, Adelmir. Mato, Palhoça e Pilão: o quilombo, da escravidão as comunidades remanescentes (1532-2004). São Paulo: Expressão Popular, 2005.
6 Art. 30. Compete aos Municípios: VI - manter, com a cooperação técnica e financeira da União e do Estado, programas de educação pré-escolar e de ensino fundamental; Fonte: CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL: promulgada em 5 de outubro de 1988. CAPÍTULO VI DOS MUNICÍPIOS.
7 BITTENCOURT, Circe. Capitalismo e Cidadania nas Atuais Propostas Curriculares de História. In: BITTENCOURT, Circe (org.). O Saber Histórico em Sala de Aula. SP: Contexto, 1997, p.17.
8 DOROCINSKI, Solange Inês. A RESSIGNIFICAÇÃO DAS TECNOLOGIAS EDUCATIVAS. Rev. PEC, Curitiba, v.2, n.1, p.57-65, jul. 2001-jul. 2002.